São Paulo, quinta, 30 de julho de 1998

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Empresa vai manter quadro

do enviado especial ao Rio

"O alto nível técnico do corpo de funcionários é uma das principais razões pelas quais compramos a Embratel", afirma Jerry DeMartino, vice-presidente sênior da MCI International, o grupo de telecomunicações norte-americano que venceu o leilão da empresa.
"A nossa intenção não é dispensar ninguém. Muito pelo contrário. Nosso maior desafio será manter esses bons funcionários à medida que se intensifica a competição no mercado de telecomunicações." (ACS)

Folha - Por que a MCI pagou um ágio de 47,22%, superando as expectativas, na disputa com a Sprint pela Embratel?
Jerry DeMartino -
Porque conhecemos a Embratel muito bem. É uma empresa muito atraente, principalmente pela qualidade do seu corpo de funcionários.
Folha - Há planos de reestruturação?
DeMartino -
É cedo para falar de planos específicos, mas acho muito importante manter esses funcionários. Uma das razões pelas quais compramos a Embratel foi o alto nível técnico de seus empregados, o que, certamente, está na base da alta reputação da empresa.
Folha - O quadro está mantido, então?
DeMartino -
O nosso maior desafio vai ser manter esses bons funcionários à medida que aumentar a competição, com a formação de novas empresas no mercado de telecomunicações do Brasil, que, segundo esperamos, deverá crescer a uma taxa de 20% por ano nos próximos cinco anos.
Folha - E a MCI pretende aumentar os investimentos da Embratel, que, no ano passado, foram de R$ 875 milhões?
DeMartino -
É cedo para entrar em detalhes, mas o Brasil é um país muito grande com uma teledensidade de apenas 10% e muitas oportunidades. Para mim, um crescimento significativo dos investimentos não será surpresa.
Folha - Por que a MCI entrou sozinha no leilão?
DeMartino -
O prazo para negociar parcerias foi muito condensado, principalmente neste momento em que estamos concluindo nossa fusão com a WorldCom.
Folha - A MCI vai buscar parceiros para a Embratel?
DeMartino -
Nós não precisamos de parceiros. Poderemos vir a admiti-los, mas não há a menor pressa. Já temos tudo que precisamos para alcançar sucesso no Brasil.
Folha - Em quanto tempo o sr. espera ter a concorrência da empresa-espelho da Embratel?
DeMartino -
Não tenho idéia, mas acho que agora, com todos sabendo que a MCI é a dona da Embratel, ninguém vai querer concorrer... (risos).



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