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Mercado paralelo
tem dias contados
da Reportagem Local
Com a privatização, o comércio
de linhas telefônicas no mercado
paralelo está com os dias contados.
A previsão é do presidente do Sincotel (Sindicato das Corretoras de
Linhas Telefônicas do Estado de
São Paulo), Laércio Soares, 32.
Essa atividade, diz ele, deve continuar por mais dois anos -prazo
que os consórcios têm para iniciar
a instalação de novas linhas.
"O setor aposta na terceirização
dos serviços telefônicos por parte
dos consórcios. As lojas devem virar redes credenciadas."
Quanto ao aluguel de linhas telefônicas, Soares afirma que, nos últimos dois anos, essa área tem deixado de ser lucrativa por conta da
redução dos preços das linhas.
A maioria das empresas do ramo
ouvidas pela Folha concorda com
a previsão do presidente do Sincotel, mas aponta queda nas vendas.
Na Carteira de Telefones, por
exemplo, há dois anos eram vendidas 150 linhas por mês. Esse número caiu para 30, em janeiro de 1998,
e hoje não passa de 10. "A venda
de celulares e acessórios tem compensado nossas perdas", afirma
José Carlos Lisboa, 49, dono.
"Estamos trabalhando com telefone celular, pager e PABX. Além
disso, ministramos cursos para
profissionais que cuidam do setor
de telecomunicações de grandes
empresas", diz Edmond Rubies,
65, diretor da Bolsa de Telefones.
A empresa vende 450 linhas por
mês e aluga outras 150. Para Rubies, o mercado paralelo deve persistir por mais quatro anos.
"Os novos operadores vão levar
um tempo para ampliar a rede. Até
lá, o mercado livre vai continuar
atendendo quem tiver urgência."
(Adriana Souza Silva e
Vinícius Precioso)
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