CRISTIANE PERINI LUCCHESI
da Reportagem Local

O leilão da Telebrás surpreendeu positivamente o mercado. As ações PN (sem direito a voto) da empresa subiram 3,96%, mais do que os 2,17% do índice Bovespa, dos papéis mais negociados na Bolsa de Valores de São Paulo.
As ações da Telebrás voltaram a ser negociadas ontem às 15h no mercado paulista, após suspensão pela manhã por causa do leilão.
A venda teve impacto também na Bolsa de Valores da Espanha, com a Telefónica, grande vencedora, apresentando alta de 4,3% no preço de suas ações.
A Telefónica da Espanha tem participação em consórcios vencedores e a liderança do grupo que comprou a Telesp Participações, considerada o filé mignon das empresas de telefonia fixa.
O mercado paulista aprovou a compradora espanhola da Telesp Participações. As ações Telesp, sua controlada, subiram 4,16%. Os papéis voltaram ao mercado às 11h.
A falta de interesse na holding que controla as empresas de telefonia fixa Telerj e Telemig, que foi vendida à Inepar e à Andrade Gutierrez praticamente sem ágio, teve impacto no mercado paulista. As ações PN da Telerj tiveram a maior queda da Bolsa de Valores de São Paulo, de 12,5%, após voltarem ao mercado às 11h. A Telemig também perdeu preço, com suas ações PNB caindo 2,61%.
"A grande surpresa positiva foi a Embratel e as empresas celulares, principalmente a do Norte, que tiveram ágio muito maior do que o esperado pelo mercado", diz Flavio Conde, analista-chefe do Lloyds Asset Management.
"O comprador da Embratel, a MCI, é a segunda operadora dos EUA e vai acelerar o desenvolvimento tecnológico da empresa."
As ações das empresas de telefonia celular subiram em São Paulo. Em Wall Street, os papéis da MCI subiram 1,7%. A Portugal Telecom, que comprou a Telesp Celular, teve alta de 1,7% no preço de suas ações em Lisboa.
A expectativa de que a France Telecom conseguisse comprar alguma empresa brasileira fez com que seus papéis subissem 4,35% na Bolsa de Paris, que fechou antes do final do leilão.



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