DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O presidente da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), dom Geraldo Majella Agnelo, disse não ser favorável a invasões de terra, mas ressaltou a importância da pressão de movimentos sociais no processo de reforma agrária.
Afirmou esperar do governo uma política de reforma agrária que ofereça, além da distribuição de áreas, condições de produção e infra-estrutura para as famílias beneficiadas.
D. Geraldo fez as declarações, em entrevista para tratar da Campanha da Fraternidade, ao ser questionado sobre o aumento das invasões no campo.
De acordo com dados da Ouvidoria Agrária, ligada ao Ministério do Desenvolvimento Agrário, foram 171 invasões de janeiro ao início deste mês contra 103 nos 12 meses de 2002.
"Não sou a favor [das invasões]. Não posso estar de acordo com o que traz violência. Tanto relacionado a invasões quanto à repressão", disse.
As invasões registradas neste ano foram promovidas não só pelo MST, como também pela CPT (Comissão Pastoral da Terra), ligada à Igreja Católica.
Em entrevista à Folha no início do mês, d. Geraldo havia dito que as pastorais que são ligadas à CNBB têm autonomia, mas não refletem a posição e o pensamento oficial da instituição. (LC)


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