São Paulo, sexta-feira, 30 de setembro de 2005

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Deputado tentou fraudar eleição que elegeu presidente da Câmara

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A votação secreta de anteontem que elegeu Aldo Rebelo (PC do B-SP) presidente da Câmara teve uma tentativa de fraude.
Um dos 509 deputados que votaram no segundo turno embaralhou as cédulas dos dois candidatos como forma de tentar induzir ao erro os que votariam depois.
A votação, feita por cédulas, ocorreu assim: o deputado entrava em local reservado e, lá, encontrava duas caixas, cada uma com o nome de um dos candidatos: Aldo ou Thomaz Nonô (PFL-AL). Nas caixas de Aldo, havia um pacote de cédulas com o nome dele, e o mesmo para Nonô. Cabia ao votante pegar a cédula com o nome escolhido, pô-la em um envelope e depositá-lo na urna.
A estratégia do fraudador foi colocar cédulas de Aldo na caixa de Nonô e vice-versa.
Um deputado reclamou com a Secretaria Geral da Mesa, que teve que conferir e trocar todas as cédulas no meio da votação.
Além disso, a Folha apurou com deputados que acompanharam a conferência dos votos que alguns dos votos nulos registrados não se deram por rasura nas cédulas. Em dois casos, não havia cédula dentro do envelope, mas bilhetes. Um deles dizia: "O Lula sabia de tudo". Em outro, o votante escreveu: "Cassação para todos os corruptos".
(RANIER BRAGON)


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