São Paulo, sexta-feira, 30 de setembro de 2005 |
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TODA MÍDIA Nelson de Sá Que país é este
O "primeiro dia" de Aldo
Rebelo no poder mereceu
até narração em tempo real, na
Globo News, ontem: E a Globo é outra, para além do "âncora" William Bonner do "Jornal Nacional". Do comentarista Franklin Martins, ontem ao longo de três telejornais, mais CBN: - A vitória é importantíssima para o governo. Se a oposição vencesse, seria uma tremenda dor-de-cabeça para Lula... O presidente da Câmara, por exemplo, decide sozinho se abre processo de impeachment. Cabe a ele também definir a pauta de votações. Por isso a batalha era de vida ou morte... A oposição já se sentia com a mão na taça e descobriu que não está com essa bola toda. O governo ressuscita e volta ao jogo. Até Alexandre Garcia: - O governo recebeu sinal de que, depois de tantos reveses, ainda tem votos na Câmara. Usou o rolo compressor, mas é usual que os governos tentem influenciar. Na home do Globo Online, o blog de Helena Chagas: - Vem cá, pessoal: desde quando liberação de emenda e ministro na casa é novidade? No presidencialismo à brasileira, quem está do outro lado da rua só governa assim. E mais: - A eleição de Aldo é divisor de águas para Lula... Deixa claro que ele ainda tem fôlego para montar uma aliança política e se candidatar. Como as Globos, só cobertura estrangeira. O "Washington Post" trouxe longa reportagem traduzindo metáforas como "põe água na fervura" -e sublinhando que Aldo "detém a autoridade para rejeitar quaisquer tentativas de impeachment". O texto termina sublinhando pesquisa Ibope que "mostra que, apesar dos obstáculos, Lula segue como o líder na corrida para 2006". E o "Wall Street Journal" deu com aparente alívio o título "Uma vitória para o governo no Brasil", também sublinhando o poder sobre o impeachment e as perspectivas eleitorais. A agência Reuters foi a mais otimista, dizendo no despacho, no título, que "Lula segue de pé enquanto a crise perde gás". Foi ouvir um banqueiro: - Ele ainda é Lula, ainda é visto pelo povo como um deles. Nos EUA, apenas o "Miami Herald" destacou a filiação de Aldo, já no título: - No Brasil, comunista vira presidente da Câmara. Nas Globos, só Garcia: - É inédita a vitória de um comunista. No site do PC do B, a vitória foi mais comemorada do que no "Washington Post". Saudaram o "filho de vaqueiro alagoano na presidência da Câmara", entre várias curiosidades. Nos EUA, o blog International Views ironizou: - Que país é esse em que um candidato comunista é a voz da moderação?
Gospel doido O vice de Lula foi para o PMR. E o "JN" saiu avisando, "é ligado à Igreja Universal". O tal PMR é mais do que José Alencar ou a Record. Do Blog do Cesar Maia: - Com Mangabeira Unger e Raphael de Almeida Magalhães, é o gospel do crioulo doido! Se fechar o blog hoje, como anunciou, o prefeito blogueiro vai deixar saudades. É hoje? Que Aldo Rebelo, que nada. O "Financial Times" só tratou da Brasil Telecom, ontem. Deu que seus investidores, "Citigroup e um grupo de fundos de pensão", "assumem na sexta o controle operacional de uma das maiores telefônicas do Brasil". No sexto parágrafo: - Contudo, eles ainda podem ser impedidos pelo Opportunity de Daniel Dantas. DEU NO "NYT" Judith Miller, a repórter do "New York Times" que foi para a prisão ao não revelar sua fonte, está em liberdade. Foi "furo" do "Philadelphia Inquirer", inclusive quanto à fonte, o chefe de gabinete do vice-presidente dos EUA. Segundo o "NYT", em destaque, ela aceitou abrir a fonte após obter permissão da mesma. O "Washington Post" destacou a soltura e a revelação, mas só registrou que "ela disse" ter recebido autorização da fonte. Texto Anterior: CPI dos bingos: Caixa perdeu R$ 433 mi com GTech, afirma TCU Próximo Texto: Escândalo do "mensalão"/CPI dos Correios: PT impede a quebra de sigilo de corretoras ligadas a fundos Índice |
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