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NO RIO
Ala deve entregar cargos a governador em caráter simbólico
Articulação, facção do PT, pedirá intervenção do diretório nacional
da Sucursal do Rio
A facção petista Articulação
pedirá a intervenção da direção
nacional do PT para que os secretários do partido no governo
Anthony Garotinho (PDT) se
mantenham nos cargos.
No último fim-de-semana, a
convenção do PT no Rio decidiu que todos os petistas empregados no governo estadual têm
que deixar os cargos.
Até ontem, os secretários Jorge Bittar (Planejamento), Gilberto Palmares (Trabalho) e
Antônio Pitanga (Ação Social,
Esporte e Lazer) permaneciam
no governo.
Hoje, os três devem entregar
os cargos a Garotinho, em uma
atitude simbólica, segundo a
Folha apurou.
A estratégia dos secretários,
vinculados à Articulação, é a de
transferir para Garotinho a responsabilidade por mantê-los na
administração estadual.
O governador não aceitaria o
pedido de dispensa, mantendo-os no governo. Assim, Bittar,
Palmares e Pitanga consideram
que terão cumprido a ordem
partidária, mas permanecem no
secretariado.
Garotinho tem como vice a
ex-senadora Benedita da Silva,
liderança da Articulação no Rio.
Ela ajudou a traçar a estratégia
de permanência dos secretários
no governo. O novo presidente
do PT no Rio, deputado federal
Carlos Santana, disse ontem
que não aceitará que Bittar, Palmares e Pitanga continuem secretários estaduais.
"A resolução determinou a
saída dos petistas em caráter irreversível. Não aceitamos outra
forma", afirmou Santana, da
facção petista Opção Popular.
O recurso ao comando nacional contra a decisão dos convencionais fluminenses é a saída
vislumbrada pela Articulação.
"Vamos chamar a direção nacional para que, dentro de suas
normas democráticas, se posicione também", afirmou o vice-presidente do diretório do Rio,
William Campos. Para ele, a decisão da convenção inviabiliza a
aliança que elegeu Garotinho e
Benedita da Silva.
"Vamos argumentar que o diretório está indo contra o voto
popular. Vamos lutar até a morte para derrubar a resolução.
Lutar até a morte inclui uma
moção ao diretório nacional pedindo que se posicione sobre o
fato", disse Campos.
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