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Cúpula aguarda encontro regional
da Reportagem Local
A cúpula nacional do PT está
em compasso de espera pelo resultado da reunião do diretório
do Rio, que será realizada amanhã. Esse encontro baterá o
martelo sobre a posição do partido em relação ao governo de
Anthony Garotinho (PDT).
Integrantes da direção nacional estão agindo para que o partido saia o menos rachado possível, mas reconhecem que essa
ação pode fracassar.
O presidente do PT, José Dirceu (SP), chega hoje ao Rio. Ele
vai se reunir com o presidente
estadual do partido, deputado
Carlos Santana (RJ), pivô da crise entre petistas e pedetistas.
"Estamos atuando para que o
PT saia unido desse episódio,
dentro das possibilidades. O Garotinho tenta dividir o partido,
mas não vamos permitir isso",
disse o secretário-geral do PT,
Arlindo Chinaglia (SP).
Lideranças da Articulação,
corrente da vice-governadora
do Rio, Benedita da Silva (PT),
entendem que a resolução aprovada pelo partido na semana
passada fala em entregar os cargos a Garotinho para rediscutir
a participação do PT no governo. Os radicais sustentam que
os petistas devem deixar a administração do pedetista.
Na avaliação de alguns petistas, o gesto de integrantes da Articulação, que vão colocar seus
cargos à disposição de Garotinho, pode facilitar um acordo
interno, porque, com essa decisão, estariam cumprindo a resolução, que não é clara quanto à
saída ou não do partido do governo fluminense.
"O pessoal vai entregar os cargos para cumprir a resolução.
Mas é o diretório que tem de decidir se o partido vai retomar as
discussões com o Garotinho sobre a participação do PT", afirmou Dirceu.
Os caciques do PT se reuniram ontem, em São Paulo, para
fazer uma avaliação sobre a crise entre o partido e Garotinho.
Luiz Inácio Lula da Silva estava
presente. A cúpula nacional está
preocupada com os desdobramentos do episódio e avaliou
que o caso deixou o partido em
uma situação delicada.
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