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Tápias diz
que dinheiro
elevou valor
VANESSA ADACHI
de Buenos Aires
O ministro do Desenvolvimento, Alcides Tápias, disse
ontem que o BNDES continuará a conceder empréstimos a
empresas estrangeiras que participam do programa de privatizações no Brasil.
"Os recursos do BNDES devem privilegiar as empresas
nacionais, mas nós queremos
garantir o melhor resultado
nas privatizações", afirmou Tápias, durante visita à capital argentina. E completou: "Se a
AES vier nos procurar, terá os
recursos disponibilizados".
O comentário do ministro foi
uma resposta às críticas que o
BNDES recebeu de setores da
indústria nacional por ter acertado um empréstimo à AES. O
empréstimo é de R$ 360 milhões e a própria empresa admitiu que sem esse dinheiro
sua oferta total, de R$ 938 milhões, não teria sido possível.
Segundo o raciocínio do ministro, a função do BNDES
dentro do programa de privatizações é garantir que o Estado
brasileiro receba o maior valor
possível pela empresa vendida,
não importando a nacionalidade do comprador.
Para ele, se apenas empresas
nacionais tivessem acesso ao
dinheiro do BNDES, o governo
poderia ter perdido a oportunidade de conseguir um valor
maior.
Tápias lembrou que as regras
do programa de privatização
estão sob revisão desde que assumiu o cargo e disse que existe
a preocupação do governo com
as remessas de lucro ao exterior das empresas privatizadas
que foram compradas por estrangeiros.
Segundo ele, uma decisão sobre esse tema deve sair em 30 a
60 dias.
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