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Fim da crise no Estado depende do STF
ELIANE SILVA
DA AGÊNCIA FOLHA
A solução da crise entre os Poderes Executivo e Legislativo do
Estado do Amapá, que já dura
duas semanas, está nas mãos do
Supremo Tribunal Federal (STF).
Essa é a avaliação do presidente
do Tribunal de Justiça (TJ) do
Amapá, desembargador Luiz
Carlos Gomes dos Santos, 55.
Ele afirmou à Agência Folha que
aguarda uma manifestação do
STF nos próximos dias para definir se vai ou não indicar os cinco
desembargadores que devem
compor a comissão mista processante encarregada de dar continuidade ao processo de impeachment do governador João Alberto
Capiberibe (PSB).
No dia 24, o rival de Capiberibe
e presidente da Assembléia Legislativa, Fran Soares Júnior
(PMDB), comandou uma sessão
extraordinária que definiu o nome dos cinco deputados para a
comissão mista. Todos os indicados fazem oposição ao governo.
Depois, Fran Júnior encaminhou
a lista ao desembargador Santos.
O confronto dos Poderes foi deflagrado na semana retrasada,
quando os deputados, em votação polêmica, aprovaram o afastamento do governador por 180
dias para investigar denúncia de
desvio de recursos do Fundef.
Capiberibe ignorou a decisão e
se manteve no cargo, amparado
por uma liminar concedida em
maio pelo Supremo, que considera inconstitucionais atos normativos da formação da comissão
processante da Assembléia.
Após a votação do afastamento,
Capiberibe informou ao STF que
os deputados mantiveram a comissão, em desobediência à liminar do tribunal. O ministro Nelson Jobim pediu esclarecimentos
ao presidente da Assembléia.
Fran Júnior alegou que os deputados alteraram os dispositivos da
comissão, adequando as novas
normas à liminar. A Assembléia
analisa ainda mais quatro denúncias contra o governador que podem resultar em novos processos.
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