São Paulo, segunda-feira, 30 de outubro de 2000

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Duas parcerias correm risco

DA REPORTAGEM LOCAL

Duas parcerias imaginadas pelo PT podem não sair do papel. A equipe de Marta Suplicy quer verba do governo federal para realizar o programa de renda mínima para 309 mil famílias, ao custo de R$ 246 milhões ao ano.
Planeja também usar 5.000 salas de aula do Estado para alfabetizar 75 mil adultos por ano, segundo Rose Pavan, especialista em educação da equipe de Marta.
O problema é que os dois eventuais parceiros, ambos do PSDB, vêem empecilhos no plano.
O ministro da Educação, Paulo Renato Souza, diz que São Paulo não se enquadra nos critérios do programa de renda do MEC, que visa atender às regiões mais carentes do país. Mas diz estar disposto a ouvir sugestões de Marta.
Rose Neubauer, secretária estadual da Educação, diz que prefere não comentar a proposta do PT de usar salas do Estado. Mas a Folha apurou que prevalece na secretaria a idéia de que a prefeitura tem estrutura suficiente para dar conta da questão da educação.
Há também um problema prático com as 5.000 salas que o PT quer abrir à noite para o seu programa de alfabetização. Elas têm mobiliário projetado para crianças, inadequados para adultos.
No caso do Banco do Povo, não haverá problemas na parceria com o governo estadual.
O secretário do Emprego, Walter Barelli, diz que o Estado pode dar R$ 45 milhões por ano, enquanto a prefeitura entraria com R$ 5 milhões. Só acha o valor exagerado. "Fico feliz que o PT pense em parceria. É um reconhecimento de que o nosso programa é superior", alfineta. (MCC)


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