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MACEIÓ
Kátia Born obtém 61,26% dos votos válidos; Régis (PPS) fica com 38,74%
PSB consegue 3º mandato seguido
ARI CIPOLA
DA AGÊNCIA FOLHA, EM MACEIÓ
Kátia Born (PSB), 47, foi reeleita
ontem para mais um mandato à
frente da Prefeitura de Maceió.
Ela obteve 61,26% dos votos válidos (170.073), contra 38,74%
(107.560) de seu adversário, Régis
Cavalcante (PPS).
"O governador Ronaldo Lessa
(PSB) e o senador Teotônio Vilela
Filho (PSDB) foram os grandes
parceiros dessa reeleição. No novo mandato vou combater a miséria com programas específicos e
atraindo novas indústrias e hotéis", afirmou Born.
Será o terceiro mandato consecutivo do PSB na Prefeitura de
Maceió (AL), desta vez com o
apoio do partido do presidente
Fernando Henrique (PSDB).
Cavalcante (PPS) não preparou
ontem nenhum esquema especial
de boca-de-urna. A militância
também não compareceu. A ausência da propaganda do PPS nas
ruas e nos locais de votação dava a
sensação de que na cidade a eleição tinha Born, que contava com
12 mil ""boqueiros" com camisetas
e bandeiras nas ruas, como candidata única.
Abandono
Cavalcante jogou a toalha já na
sexta. Com desempenho de queda nas pesquisas do Datafolha,
agravou a situação a avaliação de
que ele não conseguiu um bom
desempenho no último debate.
Financiadores e apoiadores de
campanha abandonaram paulatinamente o candidato.
Ontem à tarde, seus dois principais aliados, os senadores Renan
Calheiros (PMDB) e Heloísa Helena (PT), viajaram para Brasília,
segundo Cavalcante.
Antes mesmo de começar a
apuração, Cavalcante já falava
sem esperanças de vencer e prometia entrar com uma ação contra Born, sob a acusação de abuso
de poder econômico.
"É muito difícil enfrentar um
abusivo e poderoso poder econômico. É um absurdo o derrame de
dinheiro na boca-de-urna feito
pela adversária. Sei que isso é
muito difícil de provar, mas vamos entrar com uma ação", afirmou Cavalcante.
De acordo com Born, todas as
12 mil pessoas que balançavam
bandeiras e usavam camisetas de
sua campanha eram voluntárias.
Pela manhã, a Polícia Militar recolheu parte das bandeiras dos
"boqueiros" de Born e prendeu
sete pessoas.
Entre os presos estava a chefe da
Superintendência Municipal de
Iluminação Pública, Amália
Abreu, por ter em seu carro dezenas de camisetas e "santinhos" de
campanha da prefeita. Até as 18h,
a Polícia Federal ainda não havia
arbitrado a fiança de Abreu, cujo
cargo tem status equivalente ao de
secretário municipal.
Racha
Entre os "boqueiros" de Born
havia um grupo de 200 integrantes do MST. A atitude do movimento dos sem-terra, antigo aliado dos petistas no Estado, expôs
nas ruas de Maceió o racha provocado no PT nesse segundo turno.
Do partido, apenas o grupo da senadora Helena manifestou voto
em Cavalcante, atitude que contrariou decisão plenária do partido, que decidiu pela neutralidade
no pleito.
Pelo menos 15 ônibus lotados
com lideranças petistas de Maceió
deixaram a cidade com destino a
Recife, onde foram ajudar o candidato do partido, João Paulo, que
venceu a disputa com o prefeito
Roberto Magalhães (PFL).
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