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Petista anuncia visita a PMs em greve
DA AGÊNCIA FOLHA, EM RECIFE
Após saber o resultado que lhe
deu a Prefeitura de Recife, o petista João Paulo disse que vai visitar
os policiais militares em greve e
que se propõe a coordenar a formação de uma comissão na Assembléia Legislativa.
O prefeito eleito afirmou que vai
trabalhar para que haja anistia aos
presos e melhoria das condições
de trabalho. "Não existe greve que
não acaba nunca. Uma greve não
pode permanecer por tempo indeterminado."
Apesar da articulação, João
Paulo descartou o papel de intermediário nas negociações entre o
governo do Estado e os grevistas,
que estão parados há 12 dias.
O petista disse que enfrentou as
máquinas dos governos federal,
estadual e municipal e que sua vitória nesta eleição tem muito mais
força por causa disso.
Cerca de 1.500 manifestantes
comemoravam em frente ao comitê do candidato na noite de ontem. O petista sambou na sacada
de seu comitê após o resultado.
Mais tarde, os petistas organizaram uma festa no Recife antigo,
bairro boêmio da cidade, que deveria continuar noite adentro.
"Não há derrotado e vencedor
nesta eleição. O que houve foi
uma disputa política. Jarbas não
foi derrotado (referindo-se ao governador Jarbas Vasconcellos,
principal cabo eleitoral de Magalhães)", disse o prefeito eleito a
militantes que comemoravam.
O petista descartou um boicote
ao seu governo. "Seria um boicote
não a mim, mas ao povo da cidade de Recife. Jarbas não vai dar as
costas para o povo", afirmou.
Já pensando em seu governo,
disse que a composição do secretariado será de políticos e técnicos. Ele vai montar uma equipe de
transição para tomar conhecimento da situação da prefeitura.
Nos dias 10,11 e 12 João Paulo
deve viajar a São Paulo para encontro de prefeitos eleitos petistas, a convite do líder do partido
Luiz Inácio Lula da Silva.
Classificado como o mais "zen"
dos políticos pernambucanos,
João Paulo é ex-metalúrgico e ex-militante da Ação Católica Operária. Ele defende a implantação do
"socialismo democrático no
país", mas diz que sabe das dificuldades para "mudanças isoladas".
(FG)
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