São Paulo, segunda-feira, 30 de outubro de 2000

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Maia diz que pôs 15 mil na boca-de-urna

DA SUCURSAL DO RIO

O candidato do PTB à Prefeitura do Rio, Cesar Maia, disse ontem que colocou 15 mil pessoas na boca-de-urna para vencer a distância que o separava de Luiz Paulo Conde (PFL). Ao votar, de manhã, Maia mostrava otimismo com sua ascensão nas últimas pesquisas.
"Só quero tratar da vitória", declarou, desviando-se de perguntas sobre os motivos do crescimento nos últimos dias. Ele disse que venceria com uma vantagem de três pontos percentuais, segundo pesquisa encomendada por sua assessoria.
O economista chegou ao hotel Intercontinental, em São Conrado, zona sul da cidade, acompanhado da filha Daniella e das netas Maria Beatriz e Ana Luíza, às 8h20. Foi recebido por um grupo de 20 cabos eleitorais que gritavam a frase "esse cara é bom", slogan de sua campanha.
O petebista prometeu que, caso eleito, iria conversar com todos os partidos que o apoiaram, citando PTB, PSDB, PPS e PV. Incluiu nesse rol o PT e o PDT, que ficaram neutros no segundo turno. Questionado se todos teriam um lugar em seu governo, o candidato foi cuidadoso: "Nem todos".
Maia, que faz oposição ao governador Anthony Garotinho (PDT) -por quem foi derrotado na eleição de 1998-, afirmou que na disputa enfrentou "máquinas poderosas, em nível federal, estadual e municipal". Ele se referia à aliança entre Conde, Garotinho e o presidente da Assembléia Legislativa do Estado, o peemedebista Sérgio Cabral Filho.
Depois de votar, o petebista foi à casa de sua mãe, Dalila, em Ipanema (zona sul). Ela foi levada de cadeira de rodas pelo filho para votar numa escola municipal.
De lá, percorreu outros bairros da zona sul e se dirigiu às zonas norte e oeste, esta última reduto do prefeito Conde.
Em Bangu, o economista parou em um dos seus comitês e disse que intensificou a militância na região, onde, segundo ele, perdia para Conde por dez pontos percentuais. "Nosso objetivo é diminuir a diferença para, pelo menos, oito, sete pontos. Para isso, temos 15 mil pessoas nas ruas".
O candidato voltou para casa às 14h30 e lá acompanhou a contagem dos votos.


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