DA SUCURSAL DO RIO

O crescimento de Cesar Maia (PTB) nas pesquisas de intenção de voto feitas sábado criou tensão no comitê de campanha do prefeito do Rio, Luiz Paulo Conde (PFL), e o obrigou a alterar sua programação de domingo.
Conde pretendia, até o fim da tarde de sábado, repetir o mesmo procedimento do primeiro turno, quando votou tranquilamente às 11h30 e não realizou campanha de boca-de-urna.
Ontem, no entanto, ele votou mais cedo, às 9h20, e foi para as ruas de carro procurando reforçar suas posições em duas das regiões mais importantes eleitoralmente, as zonas oeste e norte. A alteração na agenda da campanha ocorreu no início da noite de sábado, com as pesquisas que mostravam a perigosa aproximação do seu adversário.
Ao votar, na Barra da Tijuca (zona sul), Conde tentou demonstrar confiança na reeleição. "Vitória! Vitória!", bradava, fazendo o "V" da vitória com os dedos das mãos. "Vencerei com vantagem de 6 a 8 a pontos percentuais", disse, após votar.
Ainda assim, ele se justificou para o caso de um revés. "Sou o grande vitorioso, porque, em março, estava 18 pontos atrás nas pesquisas."

Carreata
Logo em seguida, acompanhado de seis carros com assessores e seguranças, o prefeito percorreu os bairros da Barra da Tijuca, Campo Grande, Bangu, Padre Miguel (zona oeste), Irajá e Vila da Penha (ambos na zona norte). O comboio passou a ser seguido por carros de militantes, o que ajudou a formar uma carreata, recurso proibido pela legislação no dia da eleição.
Uma equipe de fiscais do TRE informou o juiz eleitoral, Antônio Jaime Boente, mas ele considerou que não ficou comprovado tratar-se de uma carreata.
Ontem, por volta das 15h, o comitê de Conde trabalhava com informações de que uma pesquisa de boca-de-urna, encomendada pela sua coordenação de campanha, apontava vantagem de quatro pontos percentuais para o prefeito. Essa dianteira era considerada pequena demais para garantir um clima de confiança na vitória, e a tensão continuava.


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