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XEQUE-MATE
3 presidentes deixaram cargo, um renunciou a mandato e outro é cassável
Crise abalou cúpula de 5 partidos
DA REDAÇÃO
A renúncia de Eduardo Azeredo à presidência do PSDB em
decorrência do uso de caixa dois
na sua campanha à reeleição ao
governo mineiro em 1998 foi a
quarta baixa sofrida por um
presidente de partido na esteira
do escândalo do "mensalão".
A revelação de que dirigentes
partidários receberam dinheiro
das contas do empresário Marcos Valério Fernandes de Souza
abalou a cúpula de cinco partidos, que estão entre os sete
maiores na Câmara.
Além de Azeredo, deixaram a
presidência dos seus partidos o
petista José Genoino, após a revelação de que ele foi avalista, ao
lado de Valério, de um empréstimo feito ao PT pelo BMG; e
Roberto Jefferson, do PTB, que
se licenciou da presidência do
partido depois de assumir ter
recebido R$ 4 milhões de Valério e acabou tendo cassado seu
mandato de deputado federal.
Já o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, renunciou ao
mandato de deputado para evitar a cassação após assumir ter
recebido recursos de Valério;
Pedro Corrêa, presidente do PP,
pode ser cassado na Câmara. Ele
admite ter recebido R$ 700 mil
de Valério, segundo ele para pagar despesas com os advogados
do deputado pepista Ronivon
Santiago (PP-AC).
O professor emérito da UnB
(Universidade de Brasília) Vamireh Chacon faz um paralelo
entre os resultados da Operação
Mãos Limpas na Itália e a queda
dos presidentes no Brasil.
"Ou os partidos políticos brasileiros se autopurificam ou terão o mesmo fim que os partidos italianos, pelo mesmo motivo: todos foram autodissolvidos
porque nenhum conseguiu
mais convencer os eleitores
quanto a sua ética e a sua transparência", afirma o cientista político.
(MARCIO PINHEIRO)
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