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PERSONALIDADE
Pesquisador reuniu documentos sobre o período republicano
Morre o historiador Edgard Carone
DA REDAÇÃO
O historiador Edgard Carone,
79, morreu na última segunda-feira no Hospital das Clínicas de
São Paulo, e foi enterrado no dia
seguinte no Cemitério da Consolação. Ele estava internado desde
outubro no HC, inconsciente,
com problemas circulatórios.
Carone nasceu em 14 de setembro de 1923, em São Paulo. Formou-se em 1947 pela USP e doutorou-se em 1971, pela mesma
universidade, com a tese "União e
Estado na vida política da Primeira República".
Lecionou na Unesp, em Araraquara, e na USP, onde se aposentou em 1993 como professor titular de história do Brasil.
Carone publicou uma extensa
obra sobre a história da República: "Revoluções do Brasil Contemporâneo" (1965), "A Primeira
República" (1969), "A República
Velha" (2 tomos, em 1970 e 1971),
"A Segunda República" (1973),
"A República Nova" (1974), "O
Tenentismo" (1975), "A Terceira
República" (1976), "O Estado Novo" (1976), entre outros.
Para a professora emérita de
história da USP, Emília Viotti da
Costa, o trabalho de Carone "é
muito importante porque ele fez a
história da República, que a seu
tempo estava abandonada".
Segundo ela, o trabalho de reunião de documentos sobre o período republicano do país realizado por Edgar Carone "estabeleceu
um roteiro para os que vieram depois dele".
O historiador Carlos Guilherme
Mota, também professor da USP,
diz que Carone "foi um homem
de esquerda, coerente e consistente, com traço democrático forte".
"Sua história da República tem
um lugar consolidado na historiografia brasileira", disse.
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