São Paulo, sexta-feira, 31 de março de 2000


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Erro de manobra coloca CPI em votação

da Reportagem Local

Um descuido da base governista permitiu que dois pedidos de CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para investigar irregularidades na administração do prefeito Celso Pitta fossem colocados em votação pela primeira vez ontem na Câmara de São Paulo.
As CPIs foram propostas pelo oposição para apurar supostas irregularidades na venda de frangos à prefeitura e nos módulos 1 e 2 do extinto PAS (Plano de Atendimento à Saúde).
Para serem votadas, era necessária a presença de 28 dos 55 vereadores em plenário. Desde as denúncias da ex-primeira-dama Nicéa Pitta contra o prefetio, não houve esse


Elas foram colocadas em votação porque a situação errou em sua manobra e permitiu não foram aprovadas porque os partidos de oposição não conseguiram os 28 votos necessários para aprová-las.
Do outro lado, governistas têm os 28 votos para arquivar as apurações, mas temem vincular seus nomes ao arquivamento das propostas. Por isso, não votam.
Antes da sessão de ontem, as manobras governistas garantiram que os dois pedidos de apuração e o da CPI para investigar denúncias feitas pela ex-primeira-dama Nicéa Pitta nem sequer fossem colocados em votação.
Nicéa acusa o prefeito Celso Pitta de ter pago propina a vereadores governistas para não ser investigado no Legislativo.
A estratégia envolvia esvaziamento do plenário para evitar que houvesse quórum para votação (28 votos). Ontem, governistas erraram nas contas de quem podia ou não ficar em plenário e a votação acabou ocorrendo.
"Peço adiamento da votação por 50 sessões", pediu ontem o vereador Wadih Mutran (PPB) ao presidente da Câmara, Armando Mellão (PMDB), ao perceber que a proposta de criação da chamada CPI do Frangogate iria ser colocada em votação.
A estratégia não deu certo, mas a CPI acabou recebendo apenas 25 dos 28 votos necessários para ser aprovada. A apuração do PAS também recebeu 25 votos.
Não houve votos contrários às propostas porque vereadores governistas deixaram o plenário. No começo da sessão, 48 dos 55 vereadores estavam presentes.
As CPIs voltam a ser colocadas em votação, se não houver manobra, na semana que vem.


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