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TRANSPORTES
Secretário foi acusado por Nicéa
Hanashiro se nega a
depor a procurador
LILIAN CHRISTOFOLETTI
da Reportagem Local
O secretário dos Transportes
do município de São Paulo, Getúlio Hanashiro, compareceu
ontem ao Ministério Público,
não depôs e também não conseguiu descobrir oficialmente o
nome da pessoa que o acusou de
exigir propina de empresários
do setor.
Contra o secretário, pesam
acusações feitas por um ex-empresário do setor, segundo quem
Hanashiro teria exigido 5% dos
repasses da secretaria às empresas que prestam serviços na cidade em troca da antecipação de
verbas.
Ele foi acusado ainda pela ex-primeira-dama Nicéa Pitta de ter
negociado com os vereadores a
compra de votos para aprovação
de um projeto de ampliação das
marginais. "Não prestei depoimento porque não posso me defender ser saber quem me acusa", disse o secretário. O Ministério Público informou que o nome do empresário será mantido
em sigilo para sua segurança.
"Ele (Hanashiro) veio aqui para buscar informações e não para
acrescentar", afirmou o promotor da Cidadania Túlio Tadeu
Tavares. Diante da recusa da
promotoria em divulgar o nome,
o secretário não entregou os documentos que levou e que supostamente desmentiriam as denúncias feitas contra ele.
À imprensa, Hanashiro apresentou uma fita de vídeo que, segundo ele, comprovaria a pressão da TV Globo em envolvê-lo.
Na entrevista o repórter questiona o secretário sobre três diálogos mantidos anteriormente,
em presença da filha de Hanashiro, quando teriam conversado
sobre esquemas de corrupção na
administração. Na entrevista,
Hanashiro disse que "uma coisa
é dar informação, outra é fazer u
comentário ou um denúncia".
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