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Vicentinho critica presidente e
o compara a um "anestesista"
da Sucursal de Brasília
O presidente da CUT (Central
Única dos Trabalhadores), Vicente Paulo da Silva, o Vicentinho,
forçou ontem um encontro das
centrais sindicais com o presidente Fernando Henrique Cardoso
para que os sindicalistas criticassem o salário mínimo de R$ 151,
proposto pelo governo.
Depois do encontro com FHC,
no Palácio do Planalto, Vicentinho fez críticas ao presidente.
"Ele (FHC) se manteve intransigente, não mudou sua opinião,
disse que vetaria se o Congresso
aprovasse um valor maior do que
R$ 151", disse o sindicalista
Agenda
O sindicalista da CUT conseguiu acertar o encontro com o
presidente da República quando
participava de uma cerimônia sobre capacitação profissional no
Palácio do Planalto.
No momento em que ele assinou um convênio de cooperação
entre a central sindical e o governo sobre o tema e cumprimentou
o presidente, o sindicalista cobrou a reunião.
"Ele (FHC) falou que estava
com dificuldade de agenda, mas
acabou concordando em ter a audiência depois da cerimônia",
disse.
Além do presidente da Central
Única dos Trabalhadores, estiveram no encontro com FHC os
presidentes da Força Sindical,
Paulo Pereira da Silva, o Paulinho,
e da CGT (Confederação Geral
dos Trabalhadores ), Canindé Pegado.
Pessoa envolvente
"O presidente (FHC) é uma pessoa envolvente. É como anestesista, ele vai conversando e enfiando
a faca", afirmou Vicentinho, depois do encontro.
Canindé Pegado disse que eles
chegaram a comentar com o presidente sobre a proposta do PFL
de aumento do salário mínimo
para R$ 177 em janeiro do ano
que vem.
"O presidente afirmou que tem
de mostrar a fonte financeira."
"É inconcebível aceitar que um
trabalhador tenha um reajuste de
R$ 0,50 por dia. O salário mínimo
é fundamental e fortalecedor do
mercado interno", afirmou Vicentinho.
Ele discordou da proposta do
PFL para o aumento em janeiro.
"Para nós, R$ 170 é agora", disse
Vicentinho
O sindicalista afirmou que tem
dúvidas se os pefelistas vão rachar
com o governo por causa do tema.
"A história do PFL não é essa,
entretanto é um ano eleitoral e
eles têm outros interesses. Se o
PFL estiver conosco nessa luta,
ótimo", acrescentou.
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