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CAMPO MINADO
MST deflagrou movimento no último sábado
Com invasões, Lula promete mais R$ 1,7 bi para a reforma agrária
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
DA AGÊNCIA FOLHA
DA SUCURSAL DO RIO
Pressionado por uma nova onda de invasões de terra, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva
prometeu ontem mais do que dobrar o orçamento do Ministério
do Desenvolvimento Agrário até
o fim do ano e disse que as ações
do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) serão
tratadas de acordo com a lei.
Segundo o ministro Miguel
Rossetto (Desenvolvimento
Agrário) -que se reuniu com
Lula ontem-, o atual orçamento
da pasta, de R$ 1,4 bilhão, receberá uma suplementação, em parcelas ao longo do ano, de R$ 1,7 bilhão. Um projeto de lei será entregue ao Congresso até o próximo
dia 15 de abril. "Em hipótese alguma o governo está omisso e parado", disse o ministro.
No final do ano passado, Lula
prometeu assentar 400 mil famílias até 2006 como base do novo
PNRA (Plano Nacional de Reforma Agrária). À época, o MST aceitou os números e fez um acordo
com o governo: as invasões só
voltariam caso o governo não
desse fluxo às promessas. No último sábado, o movimento deflagrou a "jornada de luta" -uma
série de manifestações e invasões
de fazendas no país.
Desde sábado, quando começou a "jornada de luta", a maioria
das invasões (14) ocorreu em Pernambuco. Ontem, nenhuma nova
invasão de terra foi confirmada
no Estado. Na capital, Recife, integrantes do MLT (Movimento
Terra, Trabalho e Liberdade) bloquearam a sede do Incra.
Na Bahia, o MST promete invasões no sul do Estado, e os fazendeiros já anunciaram que vão reagir. No Rio de Janeiro, a polícia
impediu ontem uma nova invasão. Em São Paulo, há três áreas
invadidas. Para uma delas (em
Avaré) a Justiça concedeu reintegração de posse. O MST informou
que vai recorrer.
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