São Paulo, terça, 31 de março de 1998

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Estados decidem manter bancos

da Sucursal de Brasília

Embora o governo tenha adotado medidas para estimular a redução do setor público na área financeira, os governadores de 11 Estados e do Distrito Federal decidiram tomar empréstimos do Tesouro Nacional apenas para sanear seus bancos estaduais, mantendo o controle acionário das instituições.
Levantamento do governo mostra que devem manter bancos comerciais, além do Distrito Federal, os seguintes Estados: São Paulo, Goiás, Piauí, Amazonas, Paraíba, Paraná, Sergipe, Pará, Espírito Santo, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
Os seis últimos vão receber ajuda do governo federal para sanear seus bancos estaduais.
O ministro interino da Fazenda, Pedro Parente, disse que não será prorrogado o prazo para os Estados que queiram sanear seu banco com até 50% de ajuda do governo.
Haverá prorrogação até junho somente no prazo para os que queiram financiamento para liquidar, privatizar ou transformar seu banco estadual em agência de fomento.
Nesses três casos, a ajuda do governo poderá chegar a 100% dos recursos necessários.
O programa para reduzir a presença do setor público na área financeira foi adotado em conjunto com a renegociação da dívida dos Estados e seu prazo final também terminaria hoje.

Rio Grande do Sul
Em alguns casos, o governo negociou a privatização ou fechamento de um banco e deixou o Estado sanear e manter uma segunda instituição.
No Rio Grande do Sul, por exemplo, o Estado liquidou a Caixa Econômica Estadual e manterá o Banrisul em funcionamento, disse Parente.
A situação é parecida em São Paulo. O governador Mário Covas (PSDB) transferiu para o Tesouro Nacional o controle acionário do Banespa, mas conseguiu manter nas mãos do Estado a Nossa Caixa Nosso Banco.
Nos Estados de Mato Grosso e Alagoas, os bancos estaduais foram liquidados após acordo com os governadores.



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