São Paulo, terça, 31 de março de 1998

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Governo paulista divide a Eletropaulo

da Reportagem Local

A Eletropaulo (Eletricidade de São Paulo S/A) fará hoje o desmembramento de suas ações em quatro, num processo preparatório para sua privatização, prevista pelo governo estadual.
Cada acionista da empresa passará a ter participação nas quatro companhias que surgirão a partir da divisão da estatal: Eletropaulo Metropolitana, Empresa Bandeirante de Energia, Empresa Paulista de Transmissão e Empresa Metropolitana de Águas e Energia.
A Metropolitana e a Bandeirante serão privatizadas no dia 15 de abril, segundo o cronograma.
Serão vendidas 74,88% das ações ordinárias de cada uma das empresas. As ações ordinárias são aquelas que dão direito a voto e definem o controle efetivo das companhias.
Também no dia 15 serão leiloadas 36,69% das ações ordinárias da empresa de transmissão originária da cisão da Eletropaulo, que continuará sob controle estatal.
Ações negociadas
"As ações das novas empresas já começam a ser negociadas hoje", diz o secretário da Energia de São Paulo, Andrea Matarazzo.
Segundo ele, o processo é simples e não haverá dano aos acionistas minoritários. As empresas terão a mesma estrutura acionária da Eletropaulo -mantendo a proporção original da companhia-mãe.
O Estado de São Paulo tem 99,8% das ações ordinárias e 39,8% do capital total.
A Eletropaulo Metropolitana será a maior empresa de distribuição de energia da América Latina. Ela terá 4,3 milhões de consumidores, localizados na Grande São Paulo e na região do ABCD. O preço mínimo das ações que serão vendidas foi fixado em R$ 2,027 bilhões.
A Bandeirante terá 2 milhões de consumidores. O preço mínimo é de R$ 1,15 bilhão.
Os empregados das duas empresas também poderão comprar ações com desconto.
A Eletropaulo será a segunda empresa de energia elétrica a ser privatizada pelo Estado de São Paulo. A primeira foi a CPFL (Companhia Paulista de Força e Luz), no dia 5 de novembro do ano passado.
O leilão de venda da área de distribuição da Cesp, que foi concentrada na subsidiária Elektro, foi adiado em razão de críticas da CVM (Comissão de Valores Mobiliários) ao modelo definido pelo governo paulista.
O dinheiro arrecadado com a privatização da Eletropaulo deverá ir, em princípio, para o abatimento de dívidas do Estado.



Texto Anterior | Próximo Texto | Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Agência Folha.