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Governo paulista
divide a Eletropaulo
da Reportagem Local
A Eletropaulo (Eletricidade de
São Paulo S/A) fará hoje o desmembramento de suas ações em
quatro, num processo preparatório para sua privatização, prevista
pelo governo estadual.
Cada acionista da empresa passará a ter participação nas quatro
companhias que surgirão a partir
da divisão da estatal: Eletropaulo
Metropolitana, Empresa Bandeirante de Energia, Empresa Paulista de Transmissão e Empresa Metropolitana de Águas e Energia.
A Metropolitana e a Bandeirante
serão privatizadas no dia 15 de
abril, segundo o cronograma.
Serão vendidas 74,88% das ações
ordinárias de cada uma das empresas. As ações ordinárias são
aquelas que dão direito a voto e
definem o controle efetivo das
companhias.
Também no dia 15 serão leiloadas 36,69% das ações ordinárias
da empresa de transmissão originária da cisão da Eletropaulo, que
continuará sob controle estatal.
Ações negociadas
"As ações das novas empresas já
começam a ser negociadas hoje",
diz o secretário da Energia de São
Paulo, Andrea Matarazzo.
Segundo ele, o processo é simples e não haverá dano aos acionistas minoritários. As empresas
terão a mesma estrutura acionária
da Eletropaulo -mantendo a
proporção original da companhia-mãe.
O Estado de São Paulo tem
99,8% das ações ordinárias e
39,8% do capital total.
A Eletropaulo Metropolitana será a maior empresa de distribuição
de energia da América Latina. Ela
terá 4,3 milhões de consumidores,
localizados na Grande São Paulo e
na região do ABCD. O preço mínimo das ações que serão vendidas
foi fixado em R$ 2,027 bilhões.
A Bandeirante terá 2 milhões de
consumidores. O preço mínimo é
de R$ 1,15 bilhão.
Os empregados das duas empresas também poderão comprar
ações com desconto.
A Eletropaulo será a segunda
empresa de energia elétrica a ser
privatizada pelo Estado de São
Paulo. A primeira foi a CPFL
(Companhia Paulista de Força e
Luz), no dia 5 de novembro do
ano passado.
O leilão de venda da área de distribuição da Cesp, que foi concentrada na subsidiária Elektro, foi
adiado em razão de críticas da
CVM (Comissão de Valores Mobiliários) ao modelo definido pelo
governo paulista.
O dinheiro arrecadado com a
privatização da Eletropaulo deverá ir, em princípio, para o abatimento de dívidas do Estado.
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