|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
PM diz que vai ignorar
protesto da oposição
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SALVADOR
DA ENVIADA ESPECIAL A SALVADOR
O comando a Polícia Militar da
Bahia vai ignorar a manifestação
organizada pela oposição contra
o ex-senador Antonio Carlos Magalhães (PFL). Ontem à noite, o
assessor de comunicação social
da corporação, tenente-coronel
Silva Ramos, disse que a PM não
foi notificada oficialmente sobre o
protesto. "Sabemos da manifestação a favor do [ex-" senador. E para isso, 200 homens são suficientes", afirmou ele.
Estão marcadas para o centro
da cidade duas manifestações:
uma promovida por partidos de
oposição e centrais sindicais e outra de apoio ao ex-senador, que
renunciou ontem ao cargo.
De acordo com o trajeto divulgado pelos organizadores, haverá
uma distância de apenas 800 m
entre as duas manifestações.
""Vamos respeitar o direito de ir
e de vir das pessoas. O policiamento não será ostensivo, mas
preventivo", declarou Ramos.
O governo espera reunir pelo
menos 50 mil pessoas no Pelourinho, onde o ex-senador será recepcionado por músicos locais,
baianas com trajes típicos e banhos de pipoca -que, de acordo
com a crença local, teriam o poder
de proporcionar uma ""limpeza"
de corpo. Estão sendo esperados
300 dos 417 prefeitos da Bahia, todos de partidos que dão sustentação política ao ex-senador.
A expectativa da oposição é que
mais de 20 mil pessoas se reúnam
na praça Castro Alves.
Durante o discurso de despedida de ACM, carros de som da
CUT (Central Única dos Trabalhadores) convocavam a população para participar do protesto
contra o ex-senador.
Preocupada com o ""clima de
tensão" na cidade, a Arquidiocese
de Salvador adiou para amanhã
cerimônia em que seria entregue
a um representante do papa João
Paulo 2º dossiê sobre a canonização da irmã Dulce.
Ontem à tarde, pelo menos 350
pessoas se reuniram na praça da
Piedade e no centro poliesportivo
do Sindicato dos Bancários para
acompanhar o discurso de ACM.
A população vaiou nos momentos em que ele mencionava a Bahia e falava sobre moralidade.
Texto Anterior: "Chantagista" e "traidor", dizem adversários de ACM Próximo Texto: Leia a íntegra do discurso de renúncia Índice
|