LEONARDO CRUZ
ENVIADO ESPECIAL A GENEBRA

A prefeita de São Paulo, Marta Suplicy, disse ontem na Suíça que espera voltar ao trabalho ainda na próxima semana, depois de se recuperar da cirurgia a que será submetida no próximo domingo.
"Acho que na sexta já estarei de volta", afirmou a prefeita, que será operada no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, para retirada de um nódulo na tireóide, glândula localizada no pescoço, que produz hormônios de regulação do metabolismo.
Devido à doença, a prefeita cancelou uma viagem para Nova York que faria depois de sua visita à Suíça -Marta optara por não ir aos EUA ainda em São Paulo, antes de embarcar para Genebra.
"Os médicos me disseram que poderia esperar até um mês e meio para fazer a operação, mas, por precaução, achei melhor fazer agora", declarou a prefeita.
Marta confirmou que foi informada da existência do nódulo na tireóide há duas semanas e disse que não quis cancelar sua vinda a Genebra porque "já havia se comprometido" com os organizadores da European Incentive Business, Travel and Meeting, a maior feira de turismo da Europa. A prefeita participou do evento para inaugurar o estante de São Paulo e promover a cidade.
A prefeita declarou ainda que não sente dores e que não está tomando nenhum remédio. "Como ainda não sabemos ao certo que tipo de nódulo é esse, não faz sentido tomar remédio agora."
"Estou muito bem disposta e não senti nenhum problema durante esta viagem." A prefeita conversou com a reportagem da Folha por cerca de 20 minutos. Durante a entrevista, Marta esteve tranquila e não demonstrou sinais de cansaço ou abatimento.
Marta disse que só pretendia anunciar a operação quando retornasse a São Paulo. A gravidade do caso só poderá ser determinada na cirurgia, quando será possível detectar se o nódulo é um tumor e se é benigno ou maligno.
A divulgação da nota oficial anteontem, confirmando a existência do nódulo, ocorreu porque a prefeita soube que circulavam rumores sobre a doença.

Energia
Ainda ontem, a prefeita anunciou que Genebra enviará a São Paulo técnicos para discutir formas de economia de energia. Há cerca de 20 anos, a cidade suíça controla rigidamente seus gastos e, nos últimos dez anos, tem conseguido reduzir seu consumo. Segundo Marta, os técnicos discutirão quais alternativas adotadas em Genebra que podem ser adaptadas à capital paulista.


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