|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
STF
Cerimonial do tribunal planeja evitar que ele se sente próximo a FHC na cerimônia em que seu primo assume o Supremo
Collor pode ir à posse como ex-presidente
SILVANA DE FREITAS
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Se comparecer hoje à posse do
primo Marco Aurélio de Mello na
presidência do STF (Supremo
Tribunal Federal), Fernando Collor participará da cerimônia como ex-presidente da República e
não como parente e se encontrará
com o presidente Fernando Henrique Cardoso e o governador de
Minas Gerais, Itamar Franco.
Pela primeira vez em uma posse
no STF, Collor poderá se sentar na
ala destinada às principais autoridades, porque foi convidado na
condição de ex-presidente, mas
não deverá ficar próximo a FHC e
Itamar. Até o final da tarde de ontem, não havia confirmação oficial de sua presença.
Para evitar constrangimentos, o
cerimonial do STF planejou a
ocupação das cadeiras mais próximas às dos próprios ministros
do tribunal de forma que Collor se
sente entre ministros aposentados e que Itamar e FHC também
fiquem distantes entre si.
Na mesma ala, reservada às
principais autoridades, também
deverão estar os presidentes do
Senado, Jader Barbalho (PMDB-PA), e da Câmara, Aécio Neves
(PSDB-MG).
Foram convidadas 3.000 pessoas, entre ministros de Estado,
governadores, juízes, advogados,
parentes e amigos. À noite, ele será homenageado por um jantar
promovido pela AMB (Associação dos Magistrados Brasileiros)
com mil pessoas.
Parente
Há dois anos, Marco Aurélio
chegou a convidar o primo para a
sua posse na vice-presidência e de
Carlos Velloso na presidência do
STF, mas o tribunal decidiu que
ele se sentaria no setor destinado
aos parentes dos ministros. Collor
não participou da cerimônia.
Desde dezembro último, oito
anos após renunciar ao Planalto
no desfecho do processo de impeachment, Collor está livre da
sanção imposta pelo Senado, o
impedimento para disputar cargos públicos.
Considerado o mais polêmico
dos ministros do Supremo em razão de decisões judiciais, Marco
Aurélio assumirá a presidência do
Supremo com o desafio de reduzir as resistências a ele no Palácio
do Planalto e até mesmo entre os
próprios colegas.
Recentemente, 7 dos 11 ministros aprovaram limitação no seu
poder de contratar e demitir servidores que ocupam cargos de
confiança. Ele havia anunciado
que dispensaria os aposentados
que ocupam essas funções.
Marco Aurélio substituirá Velloso e exercerá a função por dois
anos, período que coincidirá com
o fim do mandato do presidente
Fernando Henrique Cardoso.
Texto Anterior: Saúde: Volto a trabalhar na sexta, diz Marta Próximo Texto: Nordeste: Estados atingidos pela seca pedem medidas paliativas a Jungmann Índice
|