São Paulo, domingo, 31 de maio de 1998

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REPERCUSSÃO

Ciro Gomes, pré-candidato do PPS à Presidência - "A pesquisa evidenciou de forma precoce uma coisa que eu já vinha percebendo desde há muito tempo: a candidatura de FHC é um tigre de papel".

Antonio Kandir , deputado federal (PSDB-SP) e economista - "Os dados da pesquisa refletem uma conjuntura em que vários aspectos contaram negativamente. Mas é uma situação reversível, e o governo precisa agora voltar a sua performance normal, tocar seus projetos".

Vicente Paulo da Silva, Vicentinho, , presidente da CUT - "O presidente caiu em função de sua própria postura. Chamou quem se aposenta com 50 anos de vagabundo, mostrou falta de ação diante da seca, não está dando atenção à greve nas universidades e o desemprego está crescendo permanentemente".

Paulo Pereira da Silva, Paulinho, , vice-presidente da Força Sindical - "Vou votar em FHC, mas o desemprego é grande. Ele andou falando muita besteira e não agiu diante do problema da seca. Ele vai ter de enfrentar o desemprego, senão está perdido".

Luiz Gonzaga Belluzo , economista - "Estava até estranhando que o descontentamento da população não estivesse se manifestando nas pesquisas. As coisas estão se encaixando. è uma subida respeitável do Lula".

Roberto Requião, senador (PMDB-PR) - "Esta queda é irreversível. Lula, pelo contrário, só precisa tirar o paletó e a gravata e vestir o macacão azul para criar uma identificação ainda maior com o povo brasileiro e vencer as eleições de outubro. FHC é um fracasso."

Francisco Rossi, pré-candidato do PDT ao governo paulista - "É surpreendente como os números se mexeram rapidamente. Com esses números a quatro meses da eleição, o segundo turno é inevitável. Vai ser muito difícil para ele se recuperar. O Lula estava meio desanimado e com isso recebe novo alento. Está acontecendo o contrário de 94."

Orestes Quércia, ex-governador e pré-candidato do PMDB ao governo paulista - "Não imaginava que a variação pudesse ser tão rápida. O governo trata a sucessão com muita arrogância. A dificuldade de aceitação de Lula pode ser alterada poruqe falta alternativa. Uma mudança dessa pode facilitar a situação dentro do PMDB."

Bispo Carlos Rodrigues, coordenador de política da Igreja Universal do Reino de Deus - "O governo tem perspectiva econômica, mas não tem coração. Todos queremos que ele dê certo. É um cavalheiro e bem-intencionado, mas a equipe dele é o problema. Ele está cercado pela elite. Se o povão se sentir sem esperança, o Lula vai ganhar, e, se o governo não apresentar perspectivas, O lUla tem de ganhar mesmo."



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