São Paulo, quarta-feira, 31 de julho de 2002

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Empresariado contesta fala de candidato

DA REPORTAGEM LOCAL

O petista Luiz Inácio Lula da Silva foi contestado em um momento de sua palestra ontem na Fiesp. Disse que o empresário José Mindlin, que já foi um dos mais importantes do país, "quebrou" durante o governo Fernando Henrique Cardoso.
Empresários da platéia contestaram com murmúrios e balançaram a cabeça em sinal de negativo. Na realidade, a Metal Leve, da qual José Mindlin era o acionista principal, foi vendida em 1997 a uma multinacional, porque, segundo ele, não dispunha de R$ 150 milhões para planos de expansão "'exigidos" pela política de "modernização" da era tucana.
Bem-humorado, Lula foi irônico com o ex-ministro do Planejamento e da Agricultura Delfim Netto. "O Delfim agora dá um show de crítica. Sabe como fazer. Acho legal. Mas, quando estava no governo, viu que a teoria é uma e a prática, outra", disse Lula.

Vibração
No início da palestra, o presidente da Fiesp, Horacio Lafer Piva, afirmou que sentia "uma vibração positiva no ar" devido à visita do petista. "Lula e a indústria de São Paulo são conhecidos há muitos anos. Temos memórias doces e memórias amargas."
Piva afirmou que os empresários não esperavam que Lula se exibisse "como uma enciclopédia, que sabe tudo" e que a entidade avalia que seus debates com candidatos a presidente contribuiriam para "evitar o populismo demagógico".


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