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Lula encarrega Palocci de arrumar dinheiro para a reforma agrária
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O ministro da Fazenda, Antonio Palocci Filho, assumiu diretamente a responsabilidade de encontrar e direcionar recursos federais para a reforma agrária. A
ordem foi dada pelo presidente
Luiz Inácio Lula da Silva, num
momento em que o governo teme
reflexos da tensão no campo e na
cidade sobre os investimentos
econômicos.
A intenção do governo, conforme vem sendo discutida pelo "núcleo duro" (os ministros mais
próximos a Lula, como Palocci), é
também intensificar anúncios de
medidas pontuais tanto na área
social quanto no estímulo à produção industrial.
Até a próxima semana, a intenção é que essas medidas sejam
anunciadas pelo governo e permitam reverter o clima negativo dos
últimos dias. Palocci foi encarregado pelo presidente de coordenar a agenda de medidas de curto
prazo, que busquem um efeito
imediato sobre a economia.
Palocci já se reuniu, por exemplo, com o ministro da Educação,
Cristovam Buarque, para discutir
verbas para um setor considerado
estratégico para o governo e para
neutralizar críticas da esquerda.
À direita, há uma tentativa de
apressar um anúncio formal da
política industrial do governo Lula, ainda indefinida entre o ministro Luiz Fernando Furlan (Desenvolvimento) e o presidente do
BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), Carlos Lessa. Furlan é elogiado no "núcleo duro" por "vender bem" no exterior tanto a imagem do governo quanto do país.
A maior preocupação é com a
perda de credibilidade do Brasil
no cenário internacional, agravando a falta de investimentos internacionais e afetando os índices
sobre o país.
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