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São Paulo, domingo, 31 de agosto de 2003

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Dirceu afirma que "oposição pode vir quente"

DOS ENVIADOS ESPECIAIS A BELO HORIZONTE
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELO HORIZONTE

O ministro José Dirceu (Casa Civil) disse ontem que o PT, agora no comando do país, está pronto para o embate eleitoral em 2004. E mandou um recado aos opositores do governo, notadamente PSDB e PFL, à la Jovem Guarda: "A oposição pode vir quente que nós estamos fervendo".
O verso faz parte de uma canção de Roberto e Erasmo Carlos dos anos 60, época em que Dirceu era líder estudantil, e foi dita em entrevista coletiva.
O principal articulador político do governo Lula fez palestra ontem, com o tema "A Campanha Eleitoral em 2004", no encerramento de seminário do PT.
Apesar de afirmar que seu partido tem "humildade" para reconhecer "erros" e "deficiências", Dirceu partiu para o ataque contra os eventuais adversários. Ele comentava a possibilidade de tucanos e pefelistas utilizarem em 2004 a retórica eleitoral que o PT usou enquanto foi oposição.
"Para cobrar de nós, é preciso olhar para trás e ver como é que está. Quem vai discutir e debater conosco governou o Brasil durante dez anos. O outro lado governou durante 30."
Após fazer defesa do governo Lula no aspecto econômico, Dirceu, ao lado de José Genoino e Fernando Pimentel (prefeito de Belo Horizonte) respondeu ao chamado grupo histórico do PT, que critica os rumos do governo.
"Falar em nome do PT historicamente falamos nós, que recebemos mandato da sociedade para fazê-lo, o presidente Lula e nós aqui da mesa. Temos história vida, compromissos e a confiança do povo brasileiro."

Tributária
Dirceu admitiu que a votação da da reforma tributária pode ficar para o próximo ano. "Vamos ter todo um trabalho para aprovar até o final do ano. Mas, se não sair, não é nenhuma sangria desatada, como dizia minha mãe", afirmou. "Somos experientes negociadores, aprendemos com o presidente Lula. Somos pacientes e humildes, vamos aprovar a reforma tributária como aprovamos a da Previdência. Não podemos ficar com essa agonia. A reforma tributária só começou."


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