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São Paulo, domingo, 31 de agosto de 2003

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João Paulo já quis proibir o nepotismo

DA AGÊNCIA FOLHA
DA REPORTAGEM LOCAL

Subscrita na época pelo atual presidente da Câmara, João Paulo Cunha (PT-SP), e outros 170 parlamentares, uma PEC (Proposta de Emenda à Constituição) que colocaria fim ao nepotismo em órgãos públicos está parada desde 1996 na Câmara.
Nas justificativas da proposta, de iniciativa do ex-deputado Aldo Arantes (PC do B), estão "a observância aos princípios da moralidade e da impessoalidade em relação aos cargos públicos" e o cansaço da sociedade por "assistir a escândalos envolvendo o preenchimento inescrupuloso de cargos públicos". Caso a PEC venha a ser desengavetada e aprovada pelos deputados, nenhuma autoridade pública nos três Poderes poderá empregar em cargos comissionados, sem concurso público, "seus maridos ou mulheres, companheiro ou parente por consanguinidade, adoção ou afinidade, até o segundo grau".
Entre os parlamentares que apoiaram a proposta da PEC estão alguns que, agora, têm parentes empregados em CNEs da Câmara dos Deputados. São os casos de Raimundo Santos (PL-PA), que tem duas filhas nomeadas, e de Roberto Balestra (PP-GO), que tem a irmã na Casa.
Então deputados, o secretário especial da Pesca, José Fritsch (PT-SC), e o senador Paulo Paim (PT-RS) também assinaram a PEC. A mulher de Fritsch é CNE na liderança do PT e o filho de Paim foi lotado na presidência da Casa entre março e agosto, quando pediu exoneração do cargo.


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