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Cintas-largas definem prazo para legalilzação
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CAMPO GRANDE
Os índios cintas-largas deram
ontem prazo de 15 dias para o governo federal legalizar o garimpo
de diamantes na terra indígena
Roosevelt em Espigão d'Oeste
(534 km de Porto Velho), no Estado de Rondônia.
O garimpo está fechado desde
abril passado, quando 29 garimpeiros foram mortos por índios
após invadirem a terra indígena
em busca de diamantes.
Segundo o gerente do garimpo,
Pandere Cinta-Larga, 30, "se o governo não resolver", os índios vão
reativar a extração de diamantes.
Desde 2000 o garimpo funciona
na área indígena. A Funai (Fundação Nacional do Índio) informou, em relatório de 2002, que
saia da aldeia US$ 50 milhões por
mês em diamantes contrabandeados para o exterior. Em janeiro de 2003, a PF retirou 5.000 garimpeiros da área indígena. Após
oito meses, os índios reativaram a
mineração por conta própria.
"Se a gente vir que não vai sair [a
legalização do garimpo], não vamos ter saída. Vamos trabalhar
[na extração] para sustentar a aldeia", disse Pandere.
O vice-presidente da Funai, Roberto Lustosa, disse que foge da
competência do órgão a legalização do garimpo.
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