São Paulo, terça-feira, 31 de agosto de 2004

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Cintas-largas definem prazo para legalilzação

DA AGÊNCIA FOLHA, EM CAMPO GRANDE

Os índios cintas-largas deram ontem prazo de 15 dias para o governo federal legalizar o garimpo de diamantes na terra indígena Roosevelt em Espigão d'Oeste (534 km de Porto Velho), no Estado de Rondônia.
O garimpo está fechado desde abril passado, quando 29 garimpeiros foram mortos por índios após invadirem a terra indígena em busca de diamantes.
Segundo o gerente do garimpo, Pandere Cinta-Larga, 30, "se o governo não resolver", os índios vão reativar a extração de diamantes.
Desde 2000 o garimpo funciona na área indígena. A Funai (Fundação Nacional do Índio) informou, em relatório de 2002, que saia da aldeia US$ 50 milhões por mês em diamantes contrabandeados para o exterior. Em janeiro de 2003, a PF retirou 5.000 garimpeiros da área indígena. Após oito meses, os índios reativaram a mineração por conta própria.
"Se a gente vir que não vai sair [a legalização do garimpo], não vamos ter saída. Vamos trabalhar [na extração] para sustentar a aldeia", disse Pandere.
O vice-presidente da Funai, Roberto Lustosa, disse que foge da competência do órgão a legalização do garimpo.


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