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NA BERLINDA
Parlamentares criticam declarações à Folha
Severino não pode ficar, diz Bornhausen
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Antes do bate-boca no plenário causado pela entrevista do
presidente da Câmara, Severino Cavalcanti (PP-PE), à Folha, as declarações já tinham sido alvo de críticas de parlamentares. Para o presidente do
PFL, senador Jorge Bornhausen (SC), Severino está "impedido" de presidir a Câmara por
ter defendido deputados que
sacaram das contas do publicitário Marcos Valério de Souza.
"A declaração que ele deu sobre os saques feitos pelo [João
Cláudio] Genu [assessor do deputado José Janene, do PP] demonstra que está impedido de
presidir a Casa, está incapacitado, sem condições de ser presidente da Câmara."
O líder do PSDB na Câmara,
Alberto Goldman, disse que as
declarações estão em "descompasso com a sociedade".
"Deixa a impressão de que ele
quer dilatar os prazos. Ele não
pode falar sobre penas porque
não cabe ao presidente da Câmara defini-las."
Para o líder do PSB na Câmara, Renato Casagrande, as declarações foram "precipitadas,
desnecessárias e não ajudam a
criar uma relação de confiança
entre Congresso e sociedade".
O senador Antonio Carlos
Magalhães (PFL-BA) fez críticas na tribuna. "O Severino
quer fazer uma operação abafa,
é uma vergonha." ACM ainda
censurou a participação de Severino, como representante do
Brasil, na Assembléia Geral da
ONU, no início de setembro.
"É uma temeridade, ele não
tem condições para isso."
O relator da CPI dos Correios, deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR), afirmou que
não há condições para um
acordão para preservar deputados. "Não há clima para um
acordão, é impensável." Já o relator da CPI do Mensalão, deputado Ibrahim Abi-Ackel
(PP-MG), rechaçou o uso da
palavra "mensalão", mas diz
haver demonstrações cabais de
pagamentos repetidos.
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