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ORÇAMENTO
Mínimo poderá ter reajuste superior a 5%
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O salário mínimo deverá ter um
reajuste superior aos 5% previstos
no projeto orçamentário do governo federal, segundo o relator
do Orçamento da União de 2002,
deputado Sampaio Dória (PSDB-SP). Pelo projeto enviado ao Congresso em agosto, o valor do mínimo passaria dos atuais R$ 180
para R$ 189. O índice de correção
se baseia na projeção de inflação
para o período.
No entanto, as previsões inflacionárias mudaram. Há economistas que calculam que a inflação deste ano ficará entre 7% e
8%. "Terei de deixar aberta a porta para cobrir esse resíduo", disse
Sampaio Dória. A Constituição
estabelece que o mínimo tem de
ser reajustado periodicamente
para manter o poder de compra.
Segundo o relator, o maior impacto da correção do salário mínimo é nos Estados e nos municípios. No governo federal, o reflexo é nas contas da Previdência e
da assistência social.
O cálculo do governo é que, para cada R$ 1 de aumento do mínimo, há um acréscimo de gastos de
R$ 220 milhões. Um aumento de
8%, que elevaria o mínimo para
R$ 195, representaria um gasto
adicional de R$ 1,3 bilhão.
Para Sampaio Dória, o aumento
de despesa deve ser coberto pela
cobrança de contribuição previdenciária dos servidores públicos
inativos, que geraria R$ 1,4 bilhão
ao ano. O projeto, no entanto, dificilmente será aprovado no Congresso. Ele está parado na Câmara
desde junho do ano passado.
Segundo o relator, o desafio
neste momento é conciliar as
pressões de deputados e senadores por um maior reajuste do mínimo e dos salários dos servidores
públicos com o atendimento das
emendas coletivas -das comissões técnicas da Câmara e do Senado e das bancadas estaduais e
regionais. A tendência é que o relator use recursos da chamada reserva de contingência para atender à demanda dos congressistas.
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