LUCIANO CALAFIORI
free-lance para a Folha Campinas

A região de Campinas registrou ontem, às 16h10, a umidade relativa do ar mais baixa do ano. O índice foi de 17,3%, segundo o Cepagri (Centro de Ensino e Pesquisas em Agricultura) da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas).
A marca de ontem praticamente se igualou ao recorde dos últimos três anos, que foi de 17%, em 11 de julho de 96, segundo os meteorologistas.
Ontem foi a terceira vez em sete dias que a região entrou em estado de alerta meteorológico em razão de a umidade do ar ter ficado abaixo de 20%.
Segundo a Defesa Civil Regional, a situação pode se agravar, pois ontem a região completou 72 dias sem chuvas. Não há previsão do fim da estiagem até sábado, segundo o Cepagri.
O que impede as chuvas na região, segundo o centro, é a massa de ar continental quente que domina a região sudoeste do Brasil e impede a entrada de frentes frias da Argentina.
Dados do Cepagri apontam que a maior estiagem na região ocorreu em 63, quando foram registrados 176 dias sem chuva, no período de 15 de abril a 7 de outubro.
A falta de chuva tem provocado pelo menos 35 focos de queimadas diários na região, segundo o Departamento de Monitoramento por Satélite da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) de Campinas.
Na semana passada, as fotos de satélites detectaram um foco de queimada a cada um quilômetro de estrada.
Devido aos incêndios nas margens de rodovias, a Defesa Civil Regional solicitou que as concessionárias das estradas realizem campanhas educativas no feriado prolongado da Independência.



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