Campinas, Segunda-feira, 02 de Outubro de 2000

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José Machado (PT) é virtual eleito em Piracicaba

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O deputado federal José Machado, da coligação "Piracicaba Desenvolvimento e Qualidade de Vida" (PT e PV) é o novo prefeito de Piracicaba. É a segunda vez que Machado ocupará o cargo de prefeito. Até o fechamento desta edição, Machado tinha 52,12% dos votos válidos, com um total de 77.457 votos. Haviam sido apuradas 337 urnas -cerca de 90% das urnas da cidade.
Ele venceu o atual prefeito Humberto de Campos (PSDB), que teve 24,61% dos votos.
Machado recebeu o resultado na casa do agora vice-prefeito João Pauli (PV).
Por telefone, Machado tentou dar algumas declarações. O barulho dos cabos eleitorais aumentava a cada nova urna aberta, dificultando, em alguns momentos, a compreensão das respostas.
José Machado atribuiu a vitória ao "intenso trabalho, à tática de campanha, à busca da verdade e à responsabilidade para com os cidadãos".
"Uma das primeiras medidas será reunir-me com meu secretariado para decidir como enfrentar o problema das chuvas, que todo mês de janeiro desabriga muitas pessoas", afirmou.
Machado não quis adiantar como irá compor o novo quadro de secretários, afirmando apenas que irá negociar "com os setores sociais" que o apoiaram e com as pessoas que o assessoraram em seu primeiro mandato.
"Vou pensar nisso daqui a um mês", disse Machado.
Segundo José Machado, o saneamento de problemas sociais será prioridade em seu governo.
"Vou buscar sempre a qualidade de vida, com melhorias na saúde, ambiente e saneamento básico", disse.
Para o prefeito eleito, as principais diferenças entre seu primeiro mandato e este é o "amadurecimento, a experiência adquirida ao longo dos anos e o enraizamento na cidade".
Atrás de Machado e do prefeito Humberto de Campos, ficaram Vanderlei Dionisio (PPS), com 15,97%, Jairo Mattos (PPB), com 6,89%, e Clóvis de Moura (PT do B), com 0,40%.

Tranquilidade
As eleições em Piracicaba ocorreram em clima de tranquilidade durante as nove horas de votação, sem flagrantes de desrespeito à "lei seca" e à proibição de boca-de-urna.
Os 204.287 eleitores da cidade puderam ir às urnas para escolher ontem, dentre cinco candidatos, o novo prefeito que governará a cidade nos próximos quatro anos, a partir do ano que vem, e os 21 vereadores que ocuparão cadeiras na Câmara entre os 351 postulantes ao cargo.
Todos os atuais vereadores disputaram as eleições, sendo dois candidatos ao cargo de vice-prefeito e um ao cargo de prefeito.
Nelson Corder (PMDB) e João Amaurício Pauli (PV) tentaram a vice prefeitura -o primeiro como vice do atual prefeito e candidato à reeleição, Humberto de Campos, e o segundo como vice do vencedor José Machado.
Vanderlei Luiz Dionisio foi candidato a prefeito pela coligação "Piracicaba de todos nós" (PPS, PFL, PTN e PST). Os demais vereadores tentaram a reeleição aos cargos que já ocupam.
Segundo o juiz eleitoral Hamid Bdine, da 93ª Zona Eleitoral, não houve problemas com relação à boca-de-urna.
A maioria dos excessos foi contida no próprio local, e apenas um único caso de denúncia de prática de boca-de-urna teve lavrada uma ocorrência.
Um problema gerado em duas urnas eletrônicas também ocasionou grandes filas em duas seções eleitorais, uma na escola Francisca Elisa da Silva, no Jardim Monumento e outra na escola Abigail Azevedo Grilo, no bairro Nhô Quim.
O primeiro caso ocorreu quando o primeiro eleitor foi votar, às 8h, na escola do Jardim Monumento.
Segundo a assistente técnica da 93ª Zona Eleitoral encarregada daquela escola, Flávia Parsia Lovadine, o problema ocorreu com o disquete da urna, que não estava reconhecendo os eleitores daquela seção.
Ao notar o problema, foi acionado o Cartório Eleitoral e, na presença do técnico, de delegados de partidos, o disquete foi retirado da urna e levado ao ginásio municipal.
Do ginásio teria vindo o disquete substitutivo. A seção permaneceu das 8h às 11h impossibilitada de realizar votação.
O segundo problema ocorreu na seção 147, na escola Abigail Grilo. O problema foi mais simples, segundo a funcionária do Cartório Eleitoral designada para aquela escola, Maria Amaral.
"Ela simplesmente parou, começou a apitar e foi acionada a bateria interna", disse.


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