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José Machado (PT) é virtual eleito em Piracicaba
FREE-LANCE PARA A FOLHA CAMPINAS
O deputado federal José Machado, da coligação "Piracicaba
Desenvolvimento e Qualidade de
Vida" (PT e PV) é o novo prefeito
de Piracicaba. É a segunda vez que
Machado ocupará o cargo de prefeito. Até o fechamento desta edição, Machado tinha 52,12% dos
votos válidos, com um total de
77.457 votos. Haviam sido apuradas 337 urnas -cerca de 90% das
urnas da cidade.
Ele venceu o atual prefeito
Humberto de Campos (PSDB),
que teve 24,61% dos votos.
Machado recebeu o resultado
na casa do agora vice-prefeito
João Pauli (PV).
Por telefone, Machado tentou
dar algumas declarações. O barulho dos cabos eleitorais aumentava a cada nova urna aberta, dificultando, em alguns momentos, a
compreensão das respostas.
José Machado atribuiu a vitória
ao "intenso trabalho, à tática de
campanha, à busca da verdade e à
responsabilidade para com os cidadãos".
"Uma das primeiras medidas
será reunir-me com meu secretariado para decidir como enfrentar
o problema das chuvas, que todo
mês de janeiro desabriga muitas
pessoas", afirmou.
Machado não quis adiantar como irá compor o novo quadro de
secretários, afirmando apenas
que irá negociar "com os setores
sociais" que o apoiaram e com as
pessoas que o assessoraram em
seu primeiro mandato.
"Vou pensar nisso daqui a um
mês", disse Machado.
Segundo José Machado, o saneamento de problemas sociais
será prioridade em seu governo.
"Vou buscar sempre a qualidade de vida, com melhorias na saúde, ambiente e saneamento básico", disse.
Para o prefeito eleito, as principais diferenças entre seu primeiro
mandato e este é o "amadurecimento, a experiência adquirida ao
longo dos anos e o enraizamento
na cidade".
Atrás de Machado e do prefeito
Humberto de Campos, ficaram
Vanderlei Dionisio (PPS), com
15,97%, Jairo Mattos (PPB), com
6,89%, e Clóvis de Moura (PT do
B), com 0,40%.
Tranquilidade
As eleições em Piracicaba ocorreram em clima de tranquilidade
durante as nove horas de votação,
sem flagrantes de desrespeito à
"lei seca" e à proibição de boca-de-urna.
Os 204.287 eleitores da cidade
puderam ir às urnas para escolher
ontem, dentre cinco candidatos, o
novo prefeito que governará a cidade nos próximos quatro anos, a
partir do ano que vem, e os 21 vereadores que ocuparão cadeiras
na Câmara entre os 351 postulantes ao cargo.
Todos os atuais vereadores disputaram as eleições, sendo dois
candidatos ao cargo de vice-prefeito e um ao cargo de prefeito.
Nelson Corder (PMDB) e João
Amaurício Pauli (PV) tentaram a
vice prefeitura -o primeiro como vice do atual prefeito e candidato à reeleição, Humberto de
Campos, e o segundo como vice
do vencedor José Machado.
Vanderlei Luiz Dionisio foi candidato a prefeito pela coligação
"Piracicaba de todos nós" (PPS,
PFL, PTN e PST). Os demais vereadores tentaram a reeleição aos
cargos que já ocupam.
Segundo o juiz eleitoral Hamid
Bdine, da 93ª Zona Eleitoral, não
houve problemas com relação à
boca-de-urna.
A maioria dos excessos foi contida no próprio local, e apenas um
único caso de denúncia de prática
de boca-de-urna teve lavrada
uma ocorrência.
Um problema gerado em duas
urnas eletrônicas também ocasionou grandes filas em duas seções
eleitorais, uma na escola Francisca Elisa da Silva, no Jardim Monumento e outra na escola Abigail
Azevedo Grilo, no bairro Nhô
Quim.
O primeiro caso ocorreu quando o primeiro eleitor foi votar, às
8h, na escola do Jardim Monumento.
Segundo a assistente técnica da
93ª Zona Eleitoral encarregada
daquela escola, Flávia Parsia Lovadine, o problema ocorreu com
o disquete da urna, que não estava
reconhecendo os eleitores daquela seção.
Ao notar o problema, foi acionado o Cartório Eleitoral e, na
presença do técnico, de delegados
de partidos, o disquete foi retirado da urna e levado ao ginásio
municipal.
Do ginásio teria vindo o disquete substitutivo. A seção permaneceu das 8h às 11h impossibilitada
de realizar votação.
O segundo problema ocorreu
na seção 147, na escola Abigail
Grilo. O problema foi mais simples, segundo a funcionária do
Cartório Eleitoral designada para
aquela escola, Maria Amaral.
"Ela simplesmente parou, começou a apitar e foi acionada a
bateria interna", disse.
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