RAQUEL LIMA
DA FOLHA CAMPINAS

O racionamento de energia elétrica pode prejudicar o fornecimento de água em Campinas, segundo informou a Sanasa (Sociedade de Abastecimento de Água e Saneamento S.A.).
O artigo 4º da resolução nº 8 da Câmara de Gestão da Crise de Energia Elétrica determina que, aos serviços considerados essenciais, a redução de consumo deverá ser de 10%.
"Qualquer redução, por menor que seja, no consumo de energia no setor de captação de água, a população vai sentir o reflexo no abastecimento", disse o diretor técnico da autarquia, Rinaldo da Silva Filho.
A Sanasa trabalha com quatro pontos de captação de água -um total de 13 bombas- no rio Atibaia, responsável pelo abastecimento de 95% da população de Campinas (cerca de 919 mil habitantes).
As 13 bombas funcionam sem interrupção e consomem mensalmente 4 milhões de kWh, segundo Silva Filho.
Outra bomba realiza a captação de água no rio Capivari, responsável pelo abastecimento da população da região do DIC (Distrito Industrial de Campinas).
"Estamos aguardando um posicionamento da CPFL [Companhia Paulista de Força e Luz]", disse o diretor técnico.
Desde o início da semana, a Águas de Limeira, responsável pelo fornecimento de água em Limeira (56 km de Campinas), está reduzindo a pressão d'água em períodos diversificados para diminuir o consumo de energia e não afetar o fornecimento.
As seis bombas responsáveis pela captação de água do rio Jaguari consomem, mensalmente, cerca de 1,3 milhão de kWh, de acordo com a gerente de operação adjunto da Águas de Limeira, Paula Costa Violante.
A gerente informou que a empresa aguarda uma posição da Elektro, responsável pelo fornecimento de energia em Limeira.
A Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) informou, por meio da assessoria, que não prevê que o fornecimento de água será prejudicado com o racionamento de energia elétrica.
Para a Sabesp, o racionamento de energia vai trazer "uma redução natural do consumo de água", segundo a assessoria.

Concessionárias
A CPFL informou, por meio da assessoria, que "a redução da Sanasa segue a mesma meta do poder público".
Segundo a CPFL, "existem estudos, pedidos pela Sanasa, a respeito da conservação de energia elétrica com relação a bombas d'água". A concessionária informou que estuda um programa de eficiência energética para o caso.
A Elektro informou, por meio da assessoria, que o contato com a Águas de Limeira é feito diariamente, quando são passadas informações sobre o assunto.


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