Campinas, Quinta-feira, 07 de Dezembro de 2000

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OUTRO LADO
Acusados pela CPI negam envolvimento

DA FOLHA CAMPINAS

Falta de provas e excesso nas ações de acusação. É essa a avaliação das pessoas que tiveram seus nomes inclusos na lista de pedidos de indiciamento feito pela CPI.
O advogado Arthur Eugênio Mathias foi apontado pela comissão como um dos principais suspeitos de atuarem em uma quadrilha especializada no roubo de cargas.
Chegou a ser apontado como "braço jurídico" do empresário foragido William Walder Sozza nas ações criminosas, foi preso após prestar depoimento à CPI em Campinas, teve seu escritório invadido e seus materiais foram apreendidos.
Foi acusado por suposto crime de narcotráfico, crime organizado, roubo de cargas e lavagem de dinheiro.
"A CPI não apresenta nenhuma prova, criou fatos irreais e elaborou um documento fictício", disse Mathias.
O advogado desqualificou o relatório como prova de crime e afirmou que conseguiu no STF (Supremo Tribunal Federal) uma medida que proíbe que os materiais apreendidos em seu escritório sejam usados como prova contra ele.
O legista Fortunato Badan Palhares também foi acusado pela CPI. A comissão pediu seu indiciamento por suposta emissão de laudo médico falso, prestação de serviços ao crime organizado e sonegação fiscal.
A advogada do legista, Tereza Dóro, afirmou que a CPI não conseguiu prova alguma contra o cliente e desqualificou os trabalhos da comissão.
"Essa CPI começa com abuso e termina com sensacionalismo", disse a advogada de Badan Palhares.
O empresário Alexandre Negrão, informou, por meio de seu advogado Rui Ferreira Pires Sobrinho, que não tem qualquer envolvimento com a lavagem de dinheiro.
O vereador Roberto Mingone (PFL), um dos nomes citados, mas que não entrou para a lista dos indiciamentos, afirmou que as denúncias prejudicaram sua vida pública.
"Fizeram a parte deles (deputados), e a verdade foi provada", disse Mingone.


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