Campinas, Sábado, 14 de Julho de 2001

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Plano de ocupação surge após um terremoto em Lisboa no século 18

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O capitão Morgado de Mateus elabora seu plano de ocupação após o terremoto em Lisboa e antes da chegada da família real ao Brasil, no final do século 18.
Ele leva em consideração a existência de uma bacia hidrográfica de natureza continental, formada pelo rio Paraná, que se transforma em rio da Prata e deságua no oceano Atlântico.
Na região de Foz do Iguaçu, por exemplo, Morgado de Mateus constrói, na divisa com o Paraguai, a fortaleza de Nossa Senhora dos Prazeres de Iguatemi.
A bacia hidrográfica que leva os portugueses para o sertão poderia servir, para os espanhóis, como percurso para chegar ao Rio.
A formação geológica de São Paulo, denominada planalto cristalino atlântico e formada por rochas de granito, funciona como obstáculo para as águas e dá forma ao desenho da bacia hidrográfica. Campinas era considerada a "porta de entrada" para o sertão.
O planalto preenche a distância entre Santos e Campinas e termina no início de uma planície, no atual município de Valinhos, onde começa uma construção geológica denominada planície sedimentar paleozóica periférica.
Campinas foi, na época, considerado um lugar estratégico e privilegiado porque, devido à ocupação anterior por tribos indígenas, permitiu a formação de uma estrada, o percurso utilizado pelos bandeirantes. Eles também usaram os índios como guias.
A rota terminava em Vila Boa de Goiás e ficou conhecida na época como "Caminho das Minas dos Goiáses".
Goiáses era a denominação de tribos indígenas da região onde fica hoje o Estado de Goiás.
A estrada seguia margeando a interface do planalto com a planície, onde estão hoje as cidades de Ribeirão Preto, Uberaba (MG), Uberlândia (MG) e Catalão (GO).


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