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Data em que surgiu o povoado é obscura
FREE-LANCE PARA A FOLHA CAMPINAS
A experiência da reconstrução
de Lisboa -atingida por um terremoto em 1755- é empregada
na modelagem do centro a partir
da fundação da freguesia que deu
origem a Campinas, projetada pelo ciclo econômico da cana-de-açúcar.
O projeto arquitetônico empregado em Portugal era importado
da França e passou a ser a principal referência no plano de ocupação da nova freguesia.
A execução do projeto foi prevista em um documento da Coroa
portuguesa chamado "bando",
semelhantes aos decretos.
A futura cidade foi delineada a
partir de um plano predatório de
Portugal de extração do ouro, que
deu origem à parada de bandeirantes.
Eles trafegam de Jundiaí para
Mogi Mirim, povoados já constituído na época e que tinham a localização de Campinas na metade
do percurso entre elas.
Por isso, a data exata do início
da cidade ainda permanece obscura, segundo historiadores.
O reconhecimento pela Coroa
portuguesa acontece por volta de
1730. Nesse ano, já existiam moradores nas proximidades do córrego Proença.
A mudança para o novo centro,
operada com a interferência de
Barreto Leme, ignora o embrião
urbano identificado como canal
do tráfico de ouro e escravos.
A ocupação da cidade é o cartão
de visitas para o café, nova modalidade econômica que a metrópole portuguesa permitia ser implantada em Campinas.
A cidade já tinha um desenvolvimento agrícola devido ao ciclo
da cana-de-açúcar e do gado, depois usado na mecanização da
nova cultura. A década de 1840 é
marcada pelo início da decadência da cana-de-açúcar.
O plantio do café foi viabilizado
pelos recursos naturais adequados e a estrutura criada com a implantação do plano de colonização dos portugueses.
O desenvolvimento da economia do café foi rápido. A cidade
também já tinha escravos e despontava com o grande potencial
econômico que se consolidou
com o cultivo do café até o final do
século 19.
Estradas de ferro
O café trouxe o trem e a criação
das companhias ferroviárias
-Paulista, Sorocabana e a Mogiana, financiadas a partir de capital dos barões do café campineiros. Eles financiaram a construção da Estação Central, na região
do atual centro velho, que vai a
leilão autorizado pelo governo federal.
Os trens foram fundamentais
para exportar o café consumido
nas casas vienenses, parisienses,
londrinas e nova-iorquinas.
O café exportado saía da Estação Central de Campinas pelos
trens da Companhia Paulista e
passava por Jundiaí e São Paulo,
até chegar ao porto de Santos.
A Sorocabana era responsável
pela ligação ferroviária até o oeste
de São Paulo. A Mogiana seguia
para o norte.
No século 19, as companhias
ferroviárias de Campinas ainda
faziam a rota para Goiás.
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