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CAMPINAS, 227 ANOS
Município recebeu investimentos nas áreas de transportes, urbanismo e saneamento no século 20
Cidade se moderniza para receber indústrias
FREE-LANCE PARA A FOLHA CAMPINAS
A produção de café no século
19, a exportação do produto e a
operação das companhias de
trens acumularam capital bancário, comercial e industrial na cidade e foram a base do início da industrialização do país.
Campinas, que era um dos principais pólos de produção de café,
se beneficiou disso.
No nascimento do capitalismo
no Brasil, com a implantação das
ferrovias, Campinas assistiu à
abolição dos escravos, à queda do
Império e a chegada do trabalho
assalariado, principalmente por
meio dos imigrantes italianos.
A cidade, provinciana, precisou
mudar seu desenho urbano para
adaptar-se à nova ordem mundial
e criar condições de permanecer
como um dos centros do capitalismo emergente brasileiro.
São fundadas, além de empresas de trens, as de bondes, e começam as primeiras obras na área de
saneamento e água.
Convergem para Campinas os
principais engenheiros do país,
como o construtor de trens Antônio Francisco de Paula Souza e o
sanitarista Saturnino Brito.
No início do século 20, a cidade
ganhou a fama de "Princesa
d'Oeste de São Paulo".
Nos anos 30, principalmente
entre 1938 e 1939, o engenheiro
Prestes Maia chegou à cidade para
participar do planejamento do futuro de várias obras de Campinas.
Sua vinda aconteceu após o surgimento do urbanismo como área
de atuação emergente no país.
A partir de 1934, Maia começou
implantar um novo pacote de medidas para remodelar o centro da
cidade. Os novos traços do desenho urbano articulavam a viabilização de loteamentos nas chácaras e fazendas próximas à mancha
urbana da época.
Prestes Maia deu ênfase às obras
viárias e iniciou um processo que
se consolidou até hoje, por exemplo, na implantação do anel viário
da cidade, a partir da rodovia D.
Pedro 1º. Seu projeto atendeu à
demanda do uso do automóvel na
cidade.
O progresso técnico se instalou
nos grandes centros urbanos e
nas regiões em desenvolvimento.
A remodelagem viária da cidade
e a utilização do automóvel em
maiores escalas aconteceram durante a projeção da instalação das
grandes multinacionais na cidade, mais tarde, na década de 60.
O ciclo de desenvolvimento industrial ganhou força no século
passado após a Revolução Tenentista (1922) e o golpe de Estado de
Getúlio Vargas (1937).
A morte de Getúlio (1954), a renúncia de Jânio Quadros (1961) e
a deposição de João Goulart
(1964) não impediram o desenvolvimento industrial, com a instalação de grandes empresas em
Campinas.
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