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ADMINISTRAÇÃO
Emendas aprovadas ontem sugerem participação da sociedade na definição das verbas públicas em 2000
Campinas aprova orçamento participativo
GUSTAVO PORTO
free-lance para a Folha Campinas
O Orçamento de Campinas para
o ano 2000 deverá ser participativo. A Câmara aprovou ontem à
noite, por oito votos favoráveis e
sete contrários, duas emendas à
LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) nesse sentido -uma da
bancada petista e outra do governista Luiz Carlos Rossini (PMDB).
A mudança do sistema orçamentário da cidade ainda depende da
sanção do prefeito, Francisco
Amaral (PPB). O líder da bancada
governista, Antonio Rafful (PPB),
é contrário ao projeto.
Segundo ele, a cidade tem porte
muito grande para esse tipo de
projeto. Entretanto disse que não
recomendará ao prefeito que vete
as emendas. "Ele nunca me pediu
nada em relação a isso", afirmou.
Já, o vereador Sebastião Arcanjo
(PT) afirmou que a aprovação da
mudança foi uma vitória do contribuinte, que passará a ter o direito de opinar sobre onde seu dinheiro será gasto.
A Folha divulgou a possibilidade
de aprovação das emendas na edição de ontem. O orçamento participativo, idealizado principalmente por prefeituras governadas ou
que possuem petistas no Executivo, como Porto Alegre (RS) e Mogi
Mirim, adota sugestões da comunidade antes de dar destino às verbas públicas.
Segundo a emenda da bancada
petista, para a elaboração do projeto de lei do Orçamento do ano
2000, serão feitas cinco audiências
públicas que discutirão cinco temas -educação e cultura, saúde e
saneamento, assistência e previdência, habitação e urbanismo,
além de transporte.
Durante as audiências, a prefeitura precisará apresentar as estimativas dos gastos para as áreas.
Será liberado o pronunciamento
para a população e as sugestões serão anexadas ao Orçamento.
Já a emenda à LDO de Rossini é
considerada, pelos próprios petistas, como mais avançada. Ela propõe que as audiências públicas sejam feitas nas DROs (Diretorias
Regionais de Operações).
"É uma fórmula de descentralizar o debate e aceitar a apresentação de propostas pela comunidade", afirmou o vereador.
O modelo começou a ser implementado em Campinas no primeiro ano do governo de Jacó Bittar
(89-92), quando o ele ainda era filiado ao PT.
Câmara
Ontem foi a última sessão ordinária da Câmara Municipal do semestre. Duas outras sessões extraordinárias aconteceram após a
ordinária.
Também foi aprovada a mudança nos dias da sessão da Câmara de
Campinas.
Os encontros devem ser realizados às segundas e quartas-feiras, e
não mais às segundas e quintas, a
partir de 1º de agosto.
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