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Nasa ignorou risco, dizem críticos
DA REDAÇÃO
Com a explosão do ônibus espacial Columbia, voltam a reverberar nos ouvidos da Nasa as
mesmas críticas que já soaram
quando o Challenger foi pelos
ares, em 1986.
A escalada de problemas com a
frota de veículos durante o ano
passado e as "rápidas soluções"
oferecidas pela agência espacial
americana (como quando pequenas fissuras foram detectadas nos
dutos de combustível dos então
quatro veículos) podem agora cobrar seu preço numa perda incalculável de vidas e de prestígio.
Vários engenheiros dizem que
os avisos já haviam sido dados.
Um técnico aposentado da Nasa,
José Garcia, disse ter alertado até
o então presidente Bill Clinton para os cortes no orçamento nos
anos 1990, que estariam prejudicando verificações de segurança
nos ônibus espaciais, mas nenhuma medida foi tomada.
"Os técnicos sempre dizem, "É
mais seguro do que sempre foi.
Segurança primeiro". Todas essas
palavras vêm fácil", diz.
Outro ex-técnico da Nasa, Don
Nelson, disse a um jornal britânico que pediu ao presidente Bush
para investir e "evitar outro catastrófico acidente com o ônibus espacial", por temores de segurança, mas nada foi feito. "Eu acho
que o que aconteceu é que, vagarosamente, a cultura de segurança
da Nasa se erodiu", disse.
Em setembro de 2001, o senador
norte-americano Bill Nelson disse
numa audiência sobre a segurança dos ônibus espaciais que o orçamento para o programa espacial havia abandonado "algumas
das mais críticas atualizações de
segurança para nossa frota em
processo de envelhecimento".
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