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Chuva adia sonho de ver mata atlântica
da Redação
Para quem queria conhecer a
mais ameaçada das "rainforests"
brasileiras, Brooks Yeager teve
uma amostra apenas aceitável, na
última quarta-feira. Foi justamente a chuva, sustento da floresta, que atrapalhou o roteiro ambiental preparado pelo Consulado Geral dos EUA em São Paulo.
A idéia era levá-lo até Bertioga,
de onde o grupo partiria por uma
trilha no coração da mata atlântica, ao pé da Serra do Mar. Ainda
em São Paulo e sob chuvisco, chegou à van azul do consulado a notícia de barreiras caídas nas estradas do litoral paulista.
Em poucos minutos e muitas ligações de celulares, montou-se
um programa alternativo: levar
Yeager, 50, ao Parque Estadual da
Serra da Cantareira, no norte do
município. Uma hora e tanto de
trânsito e o ex-ambientalista enfim chegava à mata atlântica.
Mais precisamente, ao Núcleo da
Pedra Grande do parque.
Mata atlântica, médio. A Cantareira tem na realidade uma mata
secundária, rebrotada da floresta
original que foi destruída até um
século atrás. Chuva fina e neblina
ajudavam a compor um cenário
convincente de "rainforest".
No trecho de caminhada por
trilha asfaltada em que a Folha
acompanhou Yeager, nenhum
macaco dos que vivem naquela
parte do parque (bugios) deu as
caras. Mas ouviam-se pássaros, e
Yeager logo sacou seu binóculo
da sacolinha de pano.
Antes de entrar para o Departamento de Estado, em 1993, ele
passou 12 anos em ONGs conservacionistas tradicionais, como a
Audubon Society e o Sierra Club.
Considera-se um observador de
pássaros " amador".
(ML)
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