São Paulo, sábado, 04 de maio de 2002

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Chapada abriga tesouros do Período Cretáceo

DA REDAÇÃO

A bacia sedimentar do Araripe, que ocupa 9.000 km2 (quase uma Jamaica) entre Ceará, Pernambuco e Piauí, é a maior mina de fósseis do Brasil e uma das principais do planeta.
A chapada, formada por um conjunto de lagos pré-históricos, guarda testemunhos do Período Cretáceo (de 144 milhões a 65 milhões de anos atrás) e tem revelado à ciência preciosidades como o Santanaraptor placidus -um dinossauro achado com as impressões tridimensionais de seus tecidos moles- e o Irritator challengeri, um grande dinossauro carnívoro cujo crânio foi contrabandeado e hoje jaz num museu alemão.
A chapada é o alvo preferencial dos contrabandistas de fósseis. Eles compram o material de intermediários, conhecidos como "peixeiros", que o extraem das várias pedreiras da região.
Um fóssil no Araripe é comprado dos "peixeiros" por valores que vão de R$ 0,20 a R$ 1.000. Na Europa e no Japão, um inseto ou peixe raros podem alcançar o valor de U$ 200; um pterossauro, de U$ 80 mil. (CA)


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