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De Boer critica ajuda financeira "reciclada"
DA ENVIADA A COPENHAGUE
O secretário-executivo da
Convenção do Clima das Nações Unidas, Yvo de Boer, reclamou ontem da tentativa de
países ricos "reetiquetarem"
com o selo "clima" os pacotes
de ajuda que já existem para
ajudar nações pobres. Segundo
ele, a transferência de recursos
a ser definida no na conferência
de Copenhague precisa ser adicional aos esforços já previstos
para combater a pobreza.
"Acho muito importante que
esta conferência não tenha como resultado a reciclagem de
ajuda", disse De Boer em entrevista coletiva, sem mencionar a
quem estava se referindo.
A declaração foi dada no
mesmo dia em que a ONG Oxfam lançou campanha contra o
que chama de "canibalização"
de pacotes de ajuda, sobretudo
na União Europeia. Um documento vazado na Suécia, que
detém agora a presidência da
UE, diz que, "fundos já existentes precisam ser usados para
ações de desencadeamento rápido" para ajudar pobres a lidarem com a mudança climática.
Contudo, Anders Turesson,
negociador da Suécia para a
conferência de Copenhague,
nega que haja essa intenção.
"Muitos países, incluindo o
meu, se planejaram para Copenhague, e o dinheiro já está nos
orçamentos estatais", disse.
A Oxfam estima que países
pobres precisem de US$ 200
bilhões por ano de ajuda adicional para lidar com a mudança
climática até 2020, enquanto a
UE fala em até US$ 50 bilhões.
Ainda assim, De Boer se disse
"estimulado" com conversas
que tem mantido com autoridades da UE. Com números, só
falou sobre o Japão, de quem
espera ajuda "perto de US$ 10
bilhões". Os EUA, que chegam a
Copenhague sem propor uma
meta de corte de emissões, têm
como seu único trunfo a proposta do senador John Kerry
de liberar US$ 3 bilhões para
um fundo de ajuda a países pobres já em 2011, mas não falam
ainda no longo prazo.
(LC)
Com a Redação e Associated Press
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