São Paulo, terça-feira, 09 de outubro de 2007

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Técnica elucidou funcionamento de 10 mil genes

DA REPORTAGEM LOCAL

O modelo animal dos camundongos nocautes é amplamente usado hoje em vários laboratórios do mundo. Em todas as experiências com animais "nocauteados" feitas até hoje, estima-se, 10 mil genes foram desligados. Isso é quase metade do genoma dos mamíferos.
A técnica é útil tanto para a indústria farmacêutica quanto para a agropecuária e a biotecnologia, além de servir como ferramenta para a pesquisa básica -o que fará aparecer muitas terapias no futuro.
"Quase todos os medicamentos hoje são testados em animais nocautes para saber se existem reações colaterais", diz João Pesquero, da Unifesp. Segundo um estudo na revista "Nature Reviews" de 2003, as cem drogas mais vendidas do mundo (do Viagra ao Xenical) foram testadas em nocautes.
O cientista cita o exemplo do rimonabant (droga antiobesidade), que age em uma proteína produzida por um tipo de receptor endocanabinóide.
Ela foi testada em animais que não produzem a proteína, ou seja, os nocautes, para saber se era específica para aquele alvo molecular.
Existe ainda um projeto em andamento que pretende desligar todos os genes do camundongo ao mesmo tempo. (EG)

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