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Técnica elucidou funcionamento de 10 mil genes
DA REPORTAGEM LOCAL
O modelo animal dos camundongos nocautes é amplamente
usado hoje em vários laboratórios do mundo. Em todas as experiências com animais "nocauteados" feitas até hoje, estima-se, 10 mil genes foram desligados. Isso é quase metade do
genoma dos mamíferos.
A técnica é útil tanto para a
indústria farmacêutica quanto
para a agropecuária e a biotecnologia, além de servir como
ferramenta para a pesquisa básica -o que fará aparecer muitas terapias no futuro.
"Quase todos os medicamentos hoje são testados em animais nocautes para saber se
existem reações colaterais", diz
João Pesquero, da Unifesp. Segundo um estudo na revista
"Nature Reviews" de 2003, as
cem drogas mais vendidas do
mundo (do Viagra ao Xenical)
foram testadas em nocautes.
O cientista cita o exemplo do
rimonabant (droga antiobesidade), que age em uma proteína produzida por um tipo de receptor endocanabinóide.
Ela foi testada em animais
que não produzem a proteína,
ou seja, os nocautes, para saber
se era específica para aquele alvo molecular.
Existe ainda um projeto em
andamento que pretende desligar todos os genes do camundongo ao mesmo tempo.
(EG)
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