São Paulo, sábado, 11 de dezembro de 2004

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País quer pequeno produtor em comércio de crédito de carbono

DA ENVIADA A BUENOS AIRES

O Brasil assinou, ontem, durante a COP-10 (10ª Conferência das Partes da Convenção do Clima da ONU), na Argentina, documentos de entendimento com Holanda, Itália e Áustria para estimular projetos de MDL (Mecanismo de Desenvolvimento Limpo), uma forma de os países ricos compensarem suas emissões de gases-estufa adquirindo cotas "limpas" em nações em desenvolvimento. O MDL está contemplado no Protocolo de Kyoto, acordo global que prevê a redução a emissão de gases de efeito estufa, e visa especialmente projetos de desenvolvimento sustentável, com combate à pobreza e integração social.
O objetivo principal do Brasil é criar programas de manutenção de mata e reflorestamento para serem utilizados como sumidouros de carbono, especialmente os voltados à agricultura familiar. Para atingir uma quantidade mínima para captar o interesse de empresas estrangeiras, usando o modelo agroflorestal, o governo diz pretender unir pequenos projetos, oferecendo tecnologia, conhecimento técnico na área e uma ligação com os compradores.
Trazer os EUA de volta às negociações de um acordo para depois que Kyoto expirar, em 2012, tem sido foco dos primeiros dias do encontro. Raúl Estrada, negociador-chefe argentino, já ganhou o apoio da UE para organizar dois seminários em 2005 que deverão discutir como expandir as formas de reduzir emissões. (CAm)


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