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Terapias ainda podem demorar mais de 10 anos
DA REPORTAGEM LOCAL
A clonagem terapêutica abre
a possibilidade de, no futuro,
uma pessoa poder usar suas
próprias células para "consertar" defeitos no organismo,
criando uma nova área, a medicina regenerativa.
"A aplicação clínica não é esperada para antes de dez anos",
disse à Folha um dos autores
do estudo coreano sobre seu
potencial, Woo Suk Hwang,
antes de viajar aos EUA para
participar da reunião da AAAS
(Associação Americana para o
Avanço da Ciência), em Seattle.
As células-tronco seriam fonte de "peças" básicas que poderiam ser transformadas nas necessárias ao paciente, sem que
o sistema imunológico as visse
como estranhas, pois teriam a
mesma composição genética.
Os transplantes nos anos 60
tiveram grandes problemas
com a rejeição do organismo
aos órgãos transplantados.
Com a clonagem terapêutica, o
problema não existiria.
"As células poderiam ser
transplantadas sem rejeição
imunológica para tratamento
de moléstias degenerativas como o diabetes, a osteoartrite e o
mal de Parkinson, entre outras", afirmam Woo Suk
Hwang e seus colegas.
Outros tratamentos potenciais seriam dirigidos a doenças
renais, acidente vascular cerebral, esclerose múltipla, doenças do sangue e traumas da medula espinhal -em suma, todo
problema em que seria útil reparar tecido celular danificado.
Já existem algumas aplicações terapêuticas de células-tronco, envolvendo células
adultas (não-embrionárias). É
o caso de células sangüíneas
usadas como alternativa ao
transplante de medula óssea
em certos casos de leucemia.
Apesar de células-tronco
adultas serem úteis, as embrionárias são preferidas por ter
um potencial de diferenciação
aparentemente maior.
(RBN)
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