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Cientistas recebem a notícia com entusiasmo
DA REDAÇÃO
A façanha do grupo coreano foi
saudada com entusiasmo na comunidade científica mundial. E
no Brasil houve uma razão a mais
para acompanhá-la de perto, segundo a pesquisadora Lygia da
Veiga Pereira, do Centro de Estudos do Genoma Humano da USP.
"Achei bárbaro, e veio numa
hora ótima -justamente quando
está nas mãos dos senadores decidir se vamos poder fazer essas
pesquisas com células-tronco embrionárias no Brasil", disse, referindo-se à tramitação do projeto
da nova Lei de Biossegurança, recém-aprovado pela Câmara.
Pelas novas regras, que ainda
carecem de aprovação do Senado
e sanção da Presidência, até mesmo pesquisas de clonagem humana voltadas para tratamentos médicos contra doenças hoje incuráveis estariam proibidas no país.
Pereira enfatiza que o estudo
coreano não tem por objetivo a
clonagem reprodutiva -ou seja,
a criação de cópias de seres humanos-, mas sim o combate a
doenças. "Eles avançaram muito,
conseguiram um embrião. Mas
de um embrião a um recém-nascido, há uma longa distância. Os
resultados de clonagem animal
mostram que as perdas chegam a
90%, 95% das tentativas."
Os resultados coreanos também
receberam elogios no exterior. "É
um estudo impressionante. Obviamente representa um grande
marco na medicina", disse Robert
Lanza, da companhia americana
Advanced Cell Technology. Ele
defende pressa na votação de leis
que proíbam a clonagem reprodutiva, para evitar o sucesso de
pessoas como Panos Zavos, médico cipriota radicado nos EUA que
quer criar bebês clonados.
Para Rudolf Jaenisch, do Instituto Whitehead para Pesquisa
Biomédica, nos EUA, o trabalho é
elegante e oferece a prova de que a
técnica é viável em humanos. "Essa é uma coisa importante", disse.
Ainda assim, ele enfatiza que "não
é de uso prático no momento",
destacando a necessidade de anos
de pesquisa antes que a técnica
ganhe aplicabilidade médica.
Com agências internacionais
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